"politiquice barata e reles"
Defender limites aos salários dos gestores é "politiquice barata e reles", disse hoje o presidente executivo do banco BPI, no mesmo dia em que o ministro das Finanças português apelou à moderação nos salários dos altos quadros das empresas."Falar dos salário dos gestores não tem nenhum custo político", disse Fernando Ulrich na conferência "Portugal em Exame", defendendo que o Governo deveria discutir questões como subidas de impostos, caso as considere necessárias. Ulrich considerou, perante uma plateia onde estavam Francisco Balsemão e Belmiro de Azevedo, que o governo evita subir os impostos porque, "isso sim, teria custos políticos". Discutir os limites dos salários dos gestores é "politiquice barata e reles", considerou o presidente executivo do banco BPI, sustentando que "o governo não tem nada a ver com isso". O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse hoje em Bruxelas estar "preocupado" com a dimensão "desproporcionada" dos salários dos gestores em relação ao de outros trabalhadores, pedindo "moderação" e "transparência". "É importante darmos um sinal de que é preciso alguma moderação", disse Fernando Teixeira dos Santos à entrada de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro que, na terça-feira, consideraram "escandalosos" os aumentos salariais de diversos administradores de empresas na união Europeia. Ainda na conferência "Portugal em Exame", António Mexia, presidente executivo da EDP PUBLICO 14.05.2008 - 18h30 Lusa
O presidente do Grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, considera que os ministros não têm autoridade para mandar nas empresas e nos salários que estas pagam aos gestores e considera que a questão está a ser colocada ao contrário.No mesmo dia em que o ministro das Finanças português apelou à moderação nos salários dos altos quadros das empresas, Belmiro de Azevedo afirmou que para defesa da equidade o Governo tem outros meios, como os impostos, "mas isso tem custos políticos que não quer assumir". "Os ministros não têm autoridade para mandar nas empresas", afirmou Belmiro de Azevedo na conferência "Portugal em exame". Na linha do que já havia sido dito pelo presidente do BPI, Fernando Ulrich, durante a mesma conferência, Belmiro de Azevedo afirmou que quando se fala de gestores de topo em Portugal "está-se a falar de uma gota de água" e que, na maioria das empresas, em geral existe equidade interna entre responsabilidades e remunerações. "Há um mercado livre e os gestores que não se considerem bem pagos podem sair do país (...) se calhar a questão ao contrário, devia remunerar-se de forma a atrair esses gestores (...) ou algum dia as empresas portuguesas terão que gerir com uns bananas". A discussão sobre este tema teve o seu tiro de partida no último discurso de final de ano do Presidente da República, Cavaco Silva, que condenou a discrepância de salários dos gestores e restantes trabalhadores de certas empresas. PUBLICO 14.05.2008 - 18h36 Lusa
Defender limites aos salários dos gestores é "politiquice barata e reles", disse hoje o presidente executivo do banco BPI, no mesmo dia em que o ministro das Finanças português apelou à moderação nos salários dos altos quadros das empresas."Falar dos salário dos gestores não tem nenhum custo político", disse Fernando Ulrich na conferência "Portugal em Exame", defendendo que o Governo deveria discutir questões como subidas de impostos, caso as considere necessárias. Ulrich considerou, perante uma plateia onde estavam Francisco Balsemão e Belmiro de Azevedo, que o governo evita subir os impostos porque, "isso sim, teria custos políticos". Discutir os limites dos salários dos gestores é "politiquice barata e reles", considerou o presidente executivo do banco BPI, sustentando que "o governo não tem nada a ver com isso". O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse hoje em Bruxelas estar "preocupado" com a dimensão "desproporcionada" dos salários dos gestores em relação ao de outros trabalhadores, pedindo "moderação" e "transparência". "É importante darmos um sinal de que é preciso alguma moderação", disse Fernando Teixeira dos Santos à entrada de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro que, na terça-feira, consideraram "escandalosos" os aumentos salariais de diversos administradores de empresas na união Europeia. Ainda na conferência "Portugal em Exame", António Mexia, presidente executivo da EDP PUBLICO 14.05.2008 - 18h30 Lusa
O presidente do Grupo Sonae, Belmiro de Azevedo, considera que os ministros não têm autoridade para mandar nas empresas e nos salários que estas pagam aos gestores e considera que a questão está a ser colocada ao contrário.No mesmo dia em que o ministro das Finanças português apelou à moderação nos salários dos altos quadros das empresas, Belmiro de Azevedo afirmou que para defesa da equidade o Governo tem outros meios, como os impostos, "mas isso tem custos políticos que não quer assumir". "Os ministros não têm autoridade para mandar nas empresas", afirmou Belmiro de Azevedo na conferência "Portugal em exame". Na linha do que já havia sido dito pelo presidente do BPI, Fernando Ulrich, durante a mesma conferência, Belmiro de Azevedo afirmou que quando se fala de gestores de topo em Portugal "está-se a falar de uma gota de água" e que, na maioria das empresas, em geral existe equidade interna entre responsabilidades e remunerações. "Há um mercado livre e os gestores que não se considerem bem pagos podem sair do país (...) se calhar a questão ao contrário, devia remunerar-se de forma a atrair esses gestores (...) ou algum dia as empresas portuguesas terão que gerir com uns bananas". A discussão sobre este tema teve o seu tiro de partida no último discurso de final de ano do Presidente da República, Cavaco Silva, que condenou a discrepância de salários dos gestores e restantes trabalhadores de certas empresas. PUBLICO 14.05.2008 - 18h36 Lusa