domingo, 2 de janeiro de 2011

Falharam a vida, meninos


" Nas fotografias que gostam de mostrar têm o cabelo revolto e um ar de quem tem a certeza de tudo. São a chamada geração de 60, definição imprecisa mas prática por essa imprecisão que permite englobar nela muitos daqueles que foram jovens um pouco antes ou depois dessa década ícone para a geração que não só nos tem governado como também construiu o mundo imaginário onde vivemos.

Contudo creio que a geração de 60 nunca admitirá que falhou. Está-lhes na génese culpar os outros por tudo o que acontece: primeiro culparam os pais porque tinham perpetuado um modelo de família que achavam caduco e baseado na mentira. E quando eles mesmos amaram, odiaram, traíram e fizeram compromissos, como acontece a todo o Sapiens sapiens desde que o mundo é mundo, culparam o pai e sobretudo a mãe porque muitos anos antes não lhes tinham dito as palavras que eles achavam certas. Depois culparam o sistema das guerras e o capitalismo da pobreza. Enfim, no quotidiano, fosse ele o sexo ou a economia, havia sempre uma culpa que tudo explicava. Quanto ao mundo, havia essa culpa original do homem branco que estava sempre por trás dos massacres e das fomes. E ela, a tal geração de 60, assumiu-se como a apontadora de culpas
." O texto completo de
helenafmatos pode ser lido aqui em Falharam a vida, meninos

Engana-se a autora. Assumo que falhei!
De Direita lamento ter perdoado no 25 de Novembro. Católico, bato no peito em penitencia. Porque, demasiado velho, já não sei fazer revoluções, mesmo aquelas que “á portuguesa” saiem da ponta do voto.
Acredite! Tive uma vida difícil mas boa e, dia a dia, lamento não a poder passar a filhos e netos.