É triste quando um homem que desejou ser alguém na política [e que depois de conseguir os seus objectivos] seja visto a arrastar-se pelos corredores da desgraça, da maledicência, do oportunismo, da incompetência, da vaidade, da arrogância e da corrupção dos seus verdadeiros inimigos. Inimigos que estão diariamente junto de José Sócrates como primeiro-ministro ou como secretário-geral do PS. Inimigos que lhe mentem. Inimigos que inventam que ele é o maior e que vai ganhar. Inimigos que só estão interessados nas comissões das adjudicações. Inimigis que querem dar nas vistas nas televisões para sua promoção pessoal. Inimigos que lhe dão conta do supérfluo e do artificial. Inimigos que não têm a coragem de ser sérios e dizerem-lhe frontalmente "É pá, chegou a tua hora, desiste, chegaste ao fim e não enterres mais o que conseguiste fazer mal ou bem". Os verdadeiros inimigos são aqueles "falinhas mansas" que aparecem a fingir que são muito amigos do chefe, mas que nas suas costas só sabem dizer que ele também é maricas. Uma cambada de gente que aparece sempre ao redor de quem chega ao poder e que são os tais que até não se importam de vender a mãe. por João Eduardo Severino no Pau Para Toda A Obra