sábado, 16 de junho de 2007

...este quente verão?

Vem aí Verão quente e perigoso

A Direcção-Geral de Saúde avisou ontem, com base nas previsões meteorológicas disponíveis, que o país pode estar à beira de um dos verões mais quentes das últimas décadas. E, como se não bastasse, o número de mortes associadas aos efeitos do calor poderá ainda ser agravado pelo facto de não se terem registado grandes surtos de gripe no último Inverno. "Tivemos pouca gripe. Portanto, temos um capital que, provavelmente, irá engrossar o número de mortos", previu o subdirector- -geral de Saúde, José Robalo, numa sessão, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde foram apresentados os planos, nacional e da Zona Centro, de contingência para as ondas de calor. Na plateia, composta por representantes de hospitais, centros de saúde e outras instituições, a directora da Sub-Região de Saúde de Castelo Branco, Ana Correia, corroborou o temor de José Robalo. "Parte das pessoas que se safaram ao surto de gripe não vai safar-se do surto de calor", afirmou, antes de explicar, ao JN, a frieza do raciocínio tanto a gripe como o calor põem em risco estratos da população mais vulneráveis, como o dos idosos, e quem poderia não ter resistido à doença pode agora morrer por causa do calor. Ana Correia chamou também a atenção para a necessidade de os planos referidos ser complementados, rapidamente, com planos locais. "Temos de nos despachar, já estamos com os primeiros dias de calor", constatou. José Tereso, delegado de Saúde do Centro e o primeiro a anunciar "um Verão mais quente do que os anteriores", sublinhou que o êxito dos planos de contingência depende "de uma informação diária, institucional e informal, e uma articulação entre as pessoas. "Só teremos sucesso se não houver barreiras interpessoais... Estamos todos no mesmo barco", insistiu, perante uma centena de pessoas. Os números oficiais indicam que as cinco ondas de calor que afectaram o país, em 2006, estiveram na origem de 1300 óbitos. Menos 700 do que em 2003. JN Nelson Morais Sexta-feira, 11 de Maio de 2007

Chuvas de Maio e Junho
Um grupo de investigadores analisou o período entre 1980 e 2005, comparando os dados sobre precipitação e temperaturas com a área ardida em Portugal e chegou à conclusão de que primaveras mais frescas e chuvosas, como a que temos atravessado, trazem menos fogos florestais durante Julho e Agosto.
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O mesmo climatologista salienta que, quando há como pano de fundo uma Primavera mais chuvosa e fresca, as plantas evidenciam menor estresse hídrico, ficando, assim, enfraquecidas sob o ponto de vista da capacidade de ignição de fogos. Isto, apesar de algumas plantas ainda se poderem desenvolver. JN Sábado, 16 de Junho de 2007