quinta-feira, 14 de junho de 2007

ministro NÃO COMENTA o CASO...


Cardíaca morre a caminho de Évora
Vendas Novas: Vivia junto a SAP que ministro recusa reabrir
Uma mulher de 51 anos, residente a 500 metros das Urgências do Centro de Saúde de Vendas Novas, que o Governo encerrou no final de Maio, morreu ontem a caminho do Hospital de Évora devido a paragem cardio-respiratória. Os bombeiros, obrigados por ordens superiores a transportar a mulher para esta unidade, a 52 quilómetros, tentaram várias manobras de reanimação mas Maria José Mesquita entrou cadáver no hospital, uma hora após ter sido dado o alerta.

Revoltada, a família culpa os políticos. “Podia ter sobrevivido se as Urgências não tivessem sido encerradas, porque aqui era medicada e faziam-lhe massagens de reanimação. A política matou a minha mulher”, disse o viúvo António Mesquita, olhando para as últimas fotografias da falecida. Vai mais longe nas críticas e afirma que nem no Estado Novo as pessoas eram tratadas desta forma. “O fascismo está instalado no PS, um partido que faz políticas que nem os da direita têm coragem de fazer. Todos contribuímos com impostos para ter direito à Saúde e não podemos esquecer que até no antigo regime havia aqui Urgências, maternidade e bloco operatório.”
CM Quarta-feira, 13 de Junho de 2007


Questionado pelo CM sobre o caso da morte da mulher de Vendas Novas, o ministro da Saúde, Correia de Campos, escusou-se a fazer “qualquer comentário” alegando “desconhecer” a situação. No entanto, lembrou que os SAP só têm um médico de serviço e se estivesse a funcionar não havia garantias de que a vítima não morreria. Sobre a decisão do tribunal, que ordenou a reabertura do SAP daquela cidade, Correia de Campos disse em Viseu que o Ministério da Saúde vai, “como sempre”, respeitar as decisões judiciais. “O ministério teve cinco dias para fazer o contraditório à decisão judicial. Entregámo-lo ontem [segunda-feira] e vamos aguardar”, adiantou. CM Quarta-feira, 13 de Junho de 2007