sexta-feira, 8 de junho de 2007

cambalhOTAs




Aeroporto a sul é ambientalmente inviável
Nunes Correia

O ministro do Ambiente, declarou ao Expresso que dificilmente será possível compatibilizar o respeito pela legislação, tanto portuguesa, como comunitária, com a construção de um aeroporto na margem sul do Tejo.
Pronunciando-se pela primeira vez sobre esta polémica, o responsável governamental, embora reconheça que a Ota também tem condicionantes ambientais, defendeu esta opção como sendo, apesar de tudo, a menos má. Segundo referiu, qualquer outra hipótese acarretaria mais custos, prazos mais dilatados e risco de perda de fundos comunitários.
Expresso sexta-feira, 08 JUN 07


Augusto Mateus
Aeroporto a sul é inviável

O antigo ministro socialista da Economia disse que a carreira de tiro de Alcochete «pode vir a ser estudada», justificando que «tem dimensão mais do que suficiente para se fazer algo mais flexível comparando com a Ota» e «onde eventualmente poderá ser possível oferecer, antes de 2017, uma primeira alternativa».
Em entrevista ao Semanário Económico, Augusto Mateus, que está a coordenar um estudo sobre o ordenamento das actividades na envolvente do novo aeroporto de Lisboa, considerou «redutora» a decisão do Governo de só ter estudado a localização da futura infra-estrutura na Ota e em Rio Frio.«Outras potenciais localizações, algumas de utilização militar, não foram estudadas e podem sê-lo facilmente. Podemos vir a descobrir que temos uma localização melhor que a Ota, que pode custar menos dinheiro, que permite fazer uma coisa mais flexível, faseada, com mais oportunidades de expansão em caso de sucesso total», salientou
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Quercus
Aeroporto a sul é ambientalmente inviável

Em declarações hoje à Lusa, Francisco Ferreira da Quercus disse que «apesar de não estar excluída a hipótese de construção do aeroporto em Alcochete, essa solução é praticamente inviável».
A Quercus considera que a margem Sul encerra problemas ambientais relevantes que tornam praticamente impossível a localização, como o ordenamento do território, proximidade das reservas naturais do Sado e Tejo e preservação do aquífero.
«A margem sul aparece como última hipótese depois de avaliada a Ota e a 'opção zero'», adiantou o ambientalista, frisando que «o campo de tiro de Alcochete está rodeado de zonas de grande importância ambiental como a reserva natural do Estuário do Tejo».Para a associação ambientalista, a «reavaliação deverá estar dependente de opiniões fundamentadas das entidades oficiais e da inviabilização de todas as outras alternativas», como uma «avaliação muito negativa da Ota em termos ambientais concluída pelo novo estudo de impacte e impossibilidade de continuação da Portela, mesmo com outro aeroporto de apoio».