O novo aeroporto de Lisboa parece ter voltado à estaca zero.
Este é o balanço de duas semanas de avanços e recuos em que a questão mais parece ter-se tornado uma peça amadora, daquelas em que o palco vai sendo tomado pelos vários actores em catadupa para a sua rábula.
Nesta peça, Mário Lino e Francisco Van Zeller tiveram os papéis principais. E não se coibiram de chegar à boca de cena.
No fim-de-semana foi a polémica da intervenção - ou não - do primeiro-ministro no estudo da CIP. Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, revelou dados da negociação do estudo da CIP, e do facto de ter sido afastado por defender a Portela+1. Van Zeller veio dizer que não, revelando o conteúdo das suas conversas com Sócrates.
Ontem foi o dia do ministro das Obras Públicas. Ele que já tinha dito que Margem Sul "jamais", em francês, veio agora, mais uma vez, dizer que o Governo aceita todos os relatórios que lhe queiram apresentar. E que os analisará com cuidado. Até o da hipótese Portela+1, proposto pela ACP e pelo CDS e que tinha sido afastado.
É possível que todos estes recuos sejam apenas actos fáticos, com que o Governo mostra aos cidadãos que os ouve.
É possível, como atiram alguns comentadores, que a decisão já esteja tomada.
Daqui a seis meses, saberemos. Até lá, o silêncio poderia dar-nos a tranquilidade de estarmos perante uma decisão profissional, na qual poderíamos confiar. Editorial DN Terça, 19 de Junho de 2007
Nesta peça, Mário Lino e Francisco Van Zeller tiveram os papéis principais. E não se coibiram de chegar à boca de cena.
No fim-de-semana foi a polémica da intervenção - ou não - do primeiro-ministro no estudo da CIP. Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, revelou dados da negociação do estudo da CIP, e do facto de ter sido afastado por defender a Portela+1. Van Zeller veio dizer que não, revelando o conteúdo das suas conversas com Sócrates.
Ontem foi o dia do ministro das Obras Públicas. Ele que já tinha dito que Margem Sul "jamais", em francês, veio agora, mais uma vez, dizer que o Governo aceita todos os relatórios que lhe queiram apresentar. E que os analisará com cuidado. Até o da hipótese Portela+1, proposto pela ACP e pelo CDS e que tinha sido afastado.
É possível que todos estes recuos sejam apenas actos fáticos, com que o Governo mostra aos cidadãos que os ouve.
É possível, como atiram alguns comentadores, que a decisão já esteja tomada.
Daqui a seis meses, saberemos. Até lá, o silêncio poderia dar-nos a tranquilidade de estarmos perante uma decisão profissional, na qual poderíamos confiar. Editorial DN Terça, 19 de Junho de 2007
