sábado, 16 de maio de 2009

O presidente do Eurojust admitiu ter usado os nomes de José Sócrates e de Alberto Costa no Parlamento (actual.) - TSF

Partidos querem ouvir Lopes da Mota no Parlamento
O procurador Lopes da Mota admitiu ter usado os nomes do primeiro-ministro e do ministro da Justiça nas conversas que manteve com os procuradores responsáveis pela investigação do processo Freeport.
Estas declarações feitas pelo presidente do Eurojust ao jornal Sol já levaram o CDS-PP a requerer a presença de Lopes da Mota no Parlamento, uma vez que o partido considera que as alusões aos nomes de José Sócrates e Alberto Costa são «graves».
Para o deputado Nuno Melo, estas declarações têm de ser explicadas a nível político e não apenas no âmbito do processo disciplinar que foi imposto a Lopes da Mota por parte do Procurador-geral da República, Pinto Monteiro.
«Não pode ficar tudo na mesma. As pessoas não podem esperar apenas que o tempo decorra e que nada aconteça. Por isso, no que de nós dependa, o senhor ministro da Justiça e o procurador Lopes da Mota vão ser ouvidos no Parlamento», sublinhou o parlamentar à TSF.
Nuno Melo quer que Alberto Costa e Lopes da Mota dêem «explicações ao país» assumam as responsabilidades e garantiu que se a maioria PS quiser inviabilizar estas audições, o CDS-PP irá requerê-las potestativamente.
Nuno Melo disse ainda não compreender como Lopes da Mota continua por Eurojust, ainda para mais depois de ter admitido que «usou indevidamente o nome do ministro da Justiça para pressionar investigadores criminais».
«Não se compreende que o senhor ministro da Justiça saiba que o seu nome foi indevidamente utilizado e não se indigne e permita que tudo fique na mesma e não reaja. Faz algum sentido?», perguntou o parlamentar do CDS-PP.
Confrontado pela TSF, o deputado do BE, Miguel Portas, disse apoiar a proposta do CDS-PP. O mesmo aconteceu com Aguiar-Branco, do PSD, e António Flipe.