segunda-feira, 28 de setembro de 2009

o caderno de encargos

Nem coligações, nem acordos parlamentares: o CDS diz-se preparado para uma "oposição construtiva" na Assembleia da República.
A meio da noite eleitoral, Pires de Lima, presidente do Conselho Nacional, dava o mote, afirmando que acordos com os socialistas estão fora de causa.
Nuno Melo, agora eurodeputado, disse o mesmo na SIC: "Quem votou no CDS não votou seguramente para que o CDS fosse coligar-se com o PS."
Mas, no meio da recusa geral, que Portas também deixou entender, há outra expressão comum aos dirigentes centristas: o "caderno de encargos" do partido. O mesmo é dizer que o CDS não fecha a porta a acordos em políticas concretas, desde que estas traduzam os compromissos eleitorais do partido.
Se o CDS sai destas eleições como o único dos pequenos partidos com deputados suficientes para constituir maioria absoluta com o PS, há outra consequência que não é despicienda - com o resultado de ontem, Paulo Portas ganha espaço na oposição à direita.
"Com o caderno de encargos em cima da mesa" in DN