terça-feira, 15 de setembro de 2009

"PS e PSD, estão a asfixiar o que nos resta de democracia"


Nestas eleições, até aqui, tudo se está a passar como se PS e PSD tivessem feito um pacto formal de não trazer à discussão pública questões do carácter de quem nos governa, tem governado e quer governar.
Tudo se está a passar como se as duas grandes superfícies políticas tivessem um Estado-Maior conjunto cuja missão fosse convencer os portugueses da inevitabilidade fatal de eleger um deles. E não tem que ser necessariamente assim.
Há ética para além do que Maquiavel diz, mais liberdade do que o politicamente correcto martelado à custa de censura e mais possibilidades do que escolher o voto meramente entre BPN e Freeport.
A coligação de interesses do Bloco Central já nos fez chegar à grande crise mundial com desvios nos indicadores de desenvolvimento que prenunciam um futuro sombrio.
Portugal precisa de revolucionar as escolhas políticas.
Não é a votar repetida e clubisticamente que nos assumimos como povo e como Estado.
Juntos, PS e PSD, estão a asfixiar o que nos resta de democracia e parece que já nem notamos que nos está a faltar o ar. por Mário Crespo em O grande silêncio no JN

Mário Crespo "atingiu a idade em que se pode começar a dizer tudo", aquela idade que não se mede por anos, mede-se por experiencia, por carreira feita.
O artigo de opinião que colocou no JN está feito de experiencia acumulada.
O Jornalista João Severino, em REVOLUÇÃO, comenta
desta maneira aquele artigo de opinião:
O jornalista Mário Crespo defendeu no 'Jornal de Notícias' que o PS e o PSD asfixiam o povo português. Sublinhou no seu artigo (...) que tem de haver uma revolução na escolha futura dos portugueses. No entanto, assim é fácil escrever. Crespo não apresentou uma única alternativa para votar...
Não estou de acordo. Não cabe a comentador indicar, a sua função é a de alertar, e a nossa é a de quebrar a preguiça do pensar e escolher em liberdade.
Claro que a "massificação" que nos deu a "preguiça" condicionou-nos a liberdade. Isto é, trinta e quatro anos depois estamos na mesma... até no votar!