terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada parlamentar do PS, afirmou que tem muitas dúvidas sobre o projecto de inquérito do Bloco de Esquerda sobre o alegado plano do Governo para controlar a comunicação social e não ver em Portugal qualquer problema com a liberdade de imprensa e de expressão:
«É quase de rir pensar que não temos liberdade de expressão. Todos os jornais e comunicação social podem dizer o que querem e se não houvesse liberdade de expressão essas notícias não saiam».
Rodrigues considerou lamentável que o eurodeputado social-democrata, Paulo Rangel, leve este assunto da liberdade de imprensa à discussão no Parlamento Europeu, sublinhando que está a denegrir a imagem de Portugal lá fora.
tsf

De igual modo, Augusto Santos Silva, sociólogo, dirigente socialista e ministro das forças armadas, considerou que a divulgação de escutas telefónicas efectuadas no processo Face Oculta «põe em causa fundamentos básicos de um Estado de Direito» e desmentiu qualquer intenção do Governo e controlar os media, porque em Democracia, ninguém comanda a comunicação social» e ainda acrescentou:
«Foi mais um passo num processo que, no meu ponto de vista, põe em causa fundamentos básicos de um Estado de Direito. Há matéria sobre a qual já há decisões de autoridades judiciais competentes que não encontraram indício de qualquer ilícito criminal e eu julgo que os amantes do Estado de Direito - entre os quais eu gosto de me encontrar - devem respeitar essas decisões».
tsf

Também numa nota à imprensa os deputados socialistas portugueses informaram sobre este assunto:
«As declarações de hoje do deputado Paulo Rangel no Parlamento Europeu ultrapassam tudo o que julgávamos possível e aceitável no debate político», concluindo que
«Os órgãos de soberania portugueses, únicos responsáveis pela avaliação do bom funcionamento das instituições democráticas não deram qualquer sinal que autorize ou legitime a infâmia proferida pelo dirigente do PSD».
...para mais tarde recordar