Mais uma originalidade portuguesa: o Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social vai ser marcado pelo empobrecimento – ou até mesmo pelo extermínio – da classe média.
Ou seja, o contributo de Portugal para o combate europeu à pobreza vai ser a produção de mais pobres. As palavras cruzadas no discurso político e mediático são arrepiantes e esboçam um cenário futuro para Portugal que ninguém de bem gostaria de deixar aos filhos: desemprego, precariedade, desamparo.
Mais eis que uma luz brilha nas trevas de um país desgovernado por décadas de verborreia, mediocridade e sujeição a interesses não sufragados e até mesmo ocultos. Enquanto o País mergulha na maior das angústias, que é a da incerteza do futuro, há uma casta simplesmente preocupada em saber qual o melhor dos lugares ao sol que lhe é proporcionado. Abrem a boca e saem erros de gramática, numa língua de trapos, semeada de neologismos e estrangeirismos, que são o chamado "português técnico", provavelmente uma cadeira que se tira ao domingo numa Universidade de papel. As preocupações do comum dos cidadãos não os atingem. Não é que tenham habilitações ou bens de raiz à prova de crise. O que tiveram foi simplesmente um cartão da ‘Jota' e um curso instantâneo de subserviência à figura do líder e de adaptação às conveniências do aparelho. São a ‘boysada', um insulto a um país cuja juventude olha o presente e o futuro com a maior aflição. São especialistas de coisa nenhuma e peritos em questões gerais: dão para o frete que for preciso em cada momento. E no momento seguinte embolsam mais uma recompensa e mudam de poleiro, prontos para outra. Estão na moda e na mó de cima. Sempre. Não são uma pecha da democracia. Já existiam antigamente. Só se apresentavam com outras fardas. João Paulo Guerra em Boysada in Económico
Ou seja, o contributo de Portugal para o combate europeu à pobreza vai ser a produção de mais pobres. As palavras cruzadas no discurso político e mediático são arrepiantes e esboçam um cenário futuro para Portugal que ninguém de bem gostaria de deixar aos filhos: desemprego, precariedade, desamparo.
Mais eis que uma luz brilha nas trevas de um país desgovernado por décadas de verborreia, mediocridade e sujeição a interesses não sufragados e até mesmo ocultos. Enquanto o País mergulha na maior das angústias, que é a da incerteza do futuro, há uma casta simplesmente preocupada em saber qual o melhor dos lugares ao sol que lhe é proporcionado. Abrem a boca e saem erros de gramática, numa língua de trapos, semeada de neologismos e estrangeirismos, que são o chamado "português técnico", provavelmente uma cadeira que se tira ao domingo numa Universidade de papel. As preocupações do comum dos cidadãos não os atingem. Não é que tenham habilitações ou bens de raiz à prova de crise. O que tiveram foi simplesmente um cartão da ‘Jota' e um curso instantâneo de subserviência à figura do líder e de adaptação às conveniências do aparelho. São a ‘boysada', um insulto a um país cuja juventude olha o presente e o futuro com a maior aflição. São especialistas de coisa nenhuma e peritos em questões gerais: dão para o frete que for preciso em cada momento. E no momento seguinte embolsam mais uma recompensa e mudam de poleiro, prontos para outra. Estão na moda e na mó de cima. Sempre. Não são uma pecha da democracia. Já existiam antigamente. Só se apresentavam com outras fardas. João Paulo Guerra em Boysada in Económico