segunda-feira, 8 de março de 2010

Subsídios de desemprego sobem 58%


Em Janeiro, o número de pessoas que pediram subsídio de desemprego inicial e tiverem deferimento, quase duplicou face a Dezembro, passando de 12 346 para 22 323, de acordo com os últimos dados, agora publicados pela Segurança Social. Este universo corresponde aos cidadãos que perderam emprego. Se forem tidos em conta também os pedidos de subsídio social de desemprego - que baixaram -, então o aumento registado foi de 58%. Aqueles dados estão em linha com o aumento da taxa de desemprego apurada naquele mês, tanto pelo INE (10,1%) como pelo Eurostat (10,5%).
A tendência de crescimento naquela prestação mantém-se na comparação homóloga, com mais 1656 novos subsídios registados face a Janeiro do ano passado, reflectindo, assim, o impacto de longo prazo da crise económica, que tem levado ao encerramento de muitas empresas e à redução de postos de trabalho noutras. E que deverá continuar a reflectir--se no emprego, mesmo após os primeiros sinais de recuperação económica (?).

Do total de 563 300 desempregados apurados pelo IEFP em Janeiro, há 203 931, ou seja, mais de um terço, que não têm acesso a nenhuma das modalidades de subsídio de desemprego. De acordo com os últimos dados disponibilizados pela Segurança Social, os beneficiários apoiados somavam cerca de 320 mil em Janeiro. Destes, só 243 354 acediam ao subsídio clássico. Os outros repartiam-se pelo subsídio social (66 670), subsídio subsequente (49 301) e a receber o prolongamento da prestação encontravam-se 41(?) indivíduos. A percentagem de excluídos eleva-se se contarem os cerca de 586 mil apurados nas estatísticas do Eurostat e ainda mais significativamente se forem considerados todos os que apesar de estarem desempregados já deixaram de o procurar. DN