Quando, numa democracia, se perde o sentido da palavra, quando é enorme a distância entre aquilo que se proclama e aquilo que se pratica, quando não se vive como se pensa, apenas se pensando como se vai viver, o melhor é aproveitar-se a circunstância e pedir-se a reforma, para, depois, o amigalhaço nos permitir a acumulação, saindo da política activa para o regime da promiscuidade. Em Portugal, o importante não é ser eurocrata, deputado ou ministro, é tê-lo sido! José Adelino Maltez em Sobre o tempo que passa