quarta-feira, 28 de abril de 2010

Resolver a crise: O Bloco Central e os Outros.


O líder do Governo anunciou a antecipação já para 2010 das alterações nas prestações sociais, subsídio de desemprego e rendimento social de inserção, que estavam previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento apenas para o próximo ano e mostrou também abertura para discutir as propostas apresentadas pelos sociais-democratas a semana passada no Parlamento de cortes nas despesas do Estado em 1700 milhões de euros.
Como contrapartida Passos Coelho mostrou-se completamente aberto a “cooperar com o Governo” na antecipação destas medidas para “tranquilizar os mercados internacionais” e “inverter a desconfiança sobre a dívida soberana portuguesa”.
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Em sequencia a ministra do Trabalho propôs aos parceiros sociais uma redução substancial do valor do subsídio de desemprego, sugerindo que, em nenhum caso, o subsídio mensal possa ser superior a 75% do valor líquido da remuneração de referência que será o ultimo vencimento liquido. publico
Os desempregados terão de aceitar num primeiro ano qualquer emprego que lhes dê mais de dez por cento do subsídio recebido e a partir desse ano, terão de aceitar os empregos com salários iguais do subsídio de desemprego.
O Governo garantiu que, até ao final do ano, os técnicos dos centros de emprego estarão presentes em metade das entrevistas de emprego.
Também os centros de emprego irão acelerar o processo de anulação da atribuição do subsídio de desemprego em caso de recusa a empregos ou em caso de falta de comparência a entrevista.
publico

O CDS-PP anunciou a marcação de um debate de urgência para quinta feira sobre a situação da dívida portuguesa, e disse "manter disponibilidade" para o diálogo, excluindo qualquer aumento de impostos.
Questionado pelos jornalistas, Paulo Portas disse "ver com naturalidade" o encontro entre o líder do PSD e o primeiro ministro, José Sócrates: "Vejo com naturalidade porque o PS apresentou o PEC e o PSD viabilizou-o. O CDS votou contra a resolução sobre o PEC.
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O secretário geral do PCP alertou que Portugal vive sob "uma intensa e perigosa operação de carácter especulativo dirigida pelos centros de decisão do grande capital", apontando "as dessensibilizadas agências de notação internacionais" como um dos principais instrumentos.

O coordenador da comissão política do BE rejeitou hoje cortes nas prestações sociais e propôs que a banca pague um mínimo de 25 por cento de IRC, uma medida "que recuperaria 600 milhões de euros".
Francisco Louçã considerou que qualquer redução do subsídio de desemprego ou de prestações sociais será "uma medida insensata, insensível e de uma ferocidade social inaceitável".
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