segunda-feira, 29 de junho de 2009

quem é que precisa de ser protegido?

A controvérsia gerou-se na reunião da comissão desta segunda-feira devido ao esboço do relatório final enviado pela deputada relatora, Sónia Sanfona do PS, aos deputados, tendo estes apontado alegadas omissões e gralhas no relatório, para além de falhas na estrutura do documento.
Ouvido pela TSF, Pedro Mota Soares, que representou o CDS-PP na reunião devido à ausência de Nuno Melo, criticou o esboço, nomeadamente a ausência de «factos muito relevantes que foram aprovados na comissão» relativos a matéria de supervisão.
O deputado democrata-cristão admitiu que o CDS-PP pode apresentar um relatório alternativo se o documento «não vier a ser alterado».
Citado pela agência Lusa, João Semedo, do Bloco de Esquerda, relevou por seu lado que faltam documentos ao relatório que o tornam «insuficiente e unilateral» e a forma como as diferentes conclusões dos grupos parlamentares serão apresentadas no relatório. Já Hugo Velosa, do PSD, afirmou que irá apresentar «questões quanto ao conteúdo» e que tem de ser apresentado no relatório os documentos do Banco de Portugal, relevando que é necessário para «saber com que fundamento foi decidida a nacionalização» do BPN. O deputado do PCP Honório Novo não esteve presente na reunião da comissão, optando por enviar por escrito o seu contributo para o relatório final, onde pede a inclusão da lista completa de todas as pessoas ouvidas, datas e se foram à porta fechada, a lista dos documentos entregues e dos que foram recusados, juntamente com uma posição da comissão relativamente a esta recusa. Honório Novo pretende ainda que seja incluído um histórico sobre os acontecimentos relativos ao BPN e as referências às empresas do universo SLN que foram referidas na comissão e uma avaliação à questão da nacionalização e um levantamento das criticas realizadas, as pessoas que as fizeram e as soluções alternativas ao futuro do banco que foram argumentadas. A deputada responsável pela elaboração do relatório final, Sónia Sanfona, explicou que era claro que este documento era um «draft» e que pretendia «colher contributos de todos os deputados».
A comissão volta a reunir sexta-feira às 12:00 horas, tendo lugar a discussão e votação do relatório na próxima terça-feira, dia 7 de Julho, para apresentação em plenário na quinta-feira, 9 de Julho.
TSF

Offshore socialista

A última novidade do Governo socialista do senhor presidente do Conselho é uma coisa chamada Fundação para as Comunicações Móveis. Esta entidade, cozinhada no gabinete do ministro Lino ex-TGV e ex-aeroportos da Ota e Alcochete, foi a contrapartida exigida pelo Governo a três operadores para obterem as licenças dos telemóveis de terceira geração. É privada, tem um conselho geral com três membros nomeados pelo Executivo e um conselho de administração com três elementos, presidido por um ex-membro do gabinete do impagável Lino, devidamente remunerado, e dois assessores do senhor que está cansado de aturar o senhor presidente do Conselho e já não tem idade para ser ministro.
Chegados aqui vamos à massa. Os três operadores meteram até agora na querida fundação 400 milhões de euros, uma parte do preço a pagar pelas tais licenças. O Estado, por sua vez, desviou para esta verdadeira offshore socialista 61 milhões de euros. E pronto. De uma penada temos uma entidade privada, que até agora sacou 461 milhões de euros, gerida por três fiéis do ministro Lino, isto é, três fiéis do senhor presidente do Conselho. É evidente que esta querida fundação não é controlada por nenhuma autoridade e movimenta a massa como quer e lhe apetece, isto é, como apetece ao senhor presidente do Conselho.
Chegados aqui tudo é possível. Chegados aqui é legítimo considerar que as Fátimas, Isaltinos, Valentins, Avelinos e comandita deste sítio manhoso, pobre, deprimido, cheio de larápios e obviamente cada vez mais mal frequentado não passam de uns meros aprendizes de feiticeiro ao pé da equipa dirigida com mão de ferro e rédea curta pelo senhor presidente do Conselho.
Chegados aqui é legítimo dar largas à imaginação e pensar que a querida fundação, para além de ter comprado a uma empresa uma batelada de computadores Magalhães sem qualquer concurso, pode pagar o que bem lhe apetecer, como campanhas eleitorais do PS e dos seus candidatos a autarquias, e fazer muita gente feliz com os milhões que o Estado generosamente lhe colocou nos cofres.
Chegados aqui é natural que se abra a boca de espanto com o silêncio das autoridades, particularmente do senhor procurador-geral da República, justiceiro que tem toda a gente sob suspeita. Chegados aqui é legítimo pensar que a fundação privada criada pelo senhor presidente do Conselho é um enorme paraíso fiscal, uma enorme lavandaria democrática. António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Correio da Manhã: "29 Junho 2009 - 09h00

domingo, 28 de junho de 2009

Quem muda?

Tem-se escrito muito sobre as mudanças de estilo de Sócrates, cumprindo--se assim a agenda. Mas nada ainda foi referido sobre as decisões que o PS deve tomar quanto às consequências da derrota eleitoral nas europeias.
A culpabilização implícita de Sócrates teve pois um efeito paradoxal: concentrou nele as responsabilidades do resultado mas também a resposta política capaz de alterar os dados da situação até aos actos eleitorais de Outono.
O que se afigura muito difícil para um só homem e assenta na concepção de que o PS não existe como corpo deliberativo e organizado. Fora algumas intervenções na Comissão Política ecoadas na imprensa – entre as quais avulta a de Carlos César – foi como se o partido não existisse neste período post-europeias.
Regime de partidos sim, mas estes só como comités eleitorais? Ora quer-me parecer que tanto, ou mais, do que Sócrates – que tem a sua personalidade individual – o PS também deve indagar rapidamente qual a natureza da sua presença na sociedade portuguesa se não quiser ter um triste destino nos tempos mais próximos. Ainda por cima já se percebeu o nada que a sociedade portuguesa tem a esperar de uma eventual vitória da direita nas próximas legislativas.
O PSD tarda a apresentar um programa com soluções para ultrapassar a crise, limitando-se a ler os indicadores das dificuldades, e a quedar-se aterrado no imobilismo que já fez Portugal perder décadas de desenvolvimento noutras circunstâncias.
Por tudo isto seria bom que entre José Sócrates e o PS tivesse lugar uma conversa franca sobre o melhor modo de não se oferecer à direita o poder em Portugal nas próximas legislativas. Opinião de José Medeiros Ferreira
ler mais em
Correio da Manhã

sábado, 27 de junho de 2009

uma semana tão louca como as do Verão Quente de 1975



O Governo acompanhou todo o processo de venda de parte da Media Capital (dona da TVI) pelos espanhóis da Prisa.
Desde Janeiro que a hipótese de a PT entrar na empresa era defendida pelo Executivo de Sócrates, podendo ser feita directamente ou via Espanha, onde a Prisa pode sofrer uma recomposição accionista.
Sócrates e Zapatero estiveram sempre a par.
Os protestos contra um negócio que colocava a TVI na alçada do Estado deram cabo da transacção.
Expresso
Novas Oportunidades aceleram e vão formar mil por dia
Expresso
Matemáticos espanhóis e franceses criticam Exames do 9.º ano
Expresso

uns são filhos:

As transferências de médicos entre hospitais estão a fazer-se à custa de contratos «considerados exagerados» no sector. É assim que o presidente da Administração Regional (ARS) de Lisboa, Rui Portugal, descreve as preocupações manifestadas pelos directores dos hospitais da região
A empresa privada da Caixa Geral de Depósitos, a HPP Saúde, que está a gerir o Hospital de Cascais, contratou recentemente uma equipa com quatro médicos do hospital Pulido Valente, abrindo um verdadeiro ‘buraco’ na estrutura clínica deste hospital público. Os ordenados-base oferecidos rondam os cinco mil euros líquidos.
SOL

outros são enteados:

Os jornalistas do Público receberam hoje em carta fechada as propostas de cortes salariais propostas pela administração do jornal. A redução salarial, que ronda os 10 por cento, foi rejeitada por todos os destinatários, disse ao SOL fonte da redacção do Público. O ambiente na redacção é descrito pela mesma fonte como «pesadíssimo».
A medida atingiria os salários brutos superiores a 900 euros dos membros da redacção e restantes empregados da empresa.
Esta proposta já havia sido colectivamente recusada pelos trabalhadores, reunidos em 9 de Junho.
Na ocasião, foi exigida mais informação sobre a situação económica da empresa. Também o Sindicato dos Jornalistas repudiou, então, os cortes salariais.
SOL






Tachos em fim de mandato?
O Governo já nomeou os novos dirigentes do Instituto Português de Transporte Marítimo (IPTM).
Miguel Sequeira assumiu funções hoje no IPTM. Consigo, na nova administração do instituto que regula o sector portuário, estará João Carvalho, presidente da Associação dos Armadores de Lisboa.
Carvalho será vogal na nova direcção do IPTM, abandonando assim aquela estrutura associativa, assim como a administração da Transinsular, uma das empresas do Grupo ETE de António Figueiredo.
Estas nomeações surgem na sequência da demissão de Manuel Frasquilho e da sua equipa da administração da APL.
Frasquilho não chegou a terminar o mandato, tendo sido obrigado a abandonar funções por causa das tensões crescentes criadas com a Câmara Municipal de Lisboa e o seu presidente, o socialista António Costa.
O Governo, entretanto, não esperou pela realização da Assembleia Geral da APL para aceitar a demissão de Frasquilho e nomear uma nova administração para o Porto de Lisboa – fê-lo, pela primeira vez, por despacho, como o SOL noticia na edição de hoje.
Para o lugar de Frasquilho foi escolhida Natércia Cabral, que até agora ocupava a presidência do IPTM.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

a Opinião de Francisco José Viegas

Vai uma grande agitação pela Europa a propósito do comportamento de Berlusconi, o cavalheiro que está de primeiro-ministro em Itália.
As acusações são de natureza, digamos, moral – e implicam prostitutas e sexo a rodos, à italiana.
Mete dó ver o ‘El País’, histérico como uma viúva de Lorca, a criticar o comportamento libidinoso de Berlusconi; ou a esquerda italiana, muito moralista, a associar-se ao Vaticano para condená-lo aos fogos do inferno.
Berlusconi está crucificado por estes merdosos e acabará por ceder.
Não se perde muito, mas é bom saber que, a partir de agora, também no Sul da Europa o ataque à democracia pode ser feito através da cama e de um cerrado escrutínio à vida sexual dos eleitos.
Andámos décadas a lutar contra isto e o golpe vem de onde menos se espera. Opinião CM Francisco José Viegas, Escritor

quarta-feira, 24 de junho de 2009

as boas e más

más noticias
Pioneer quer encerrar fábrica do Seixal e despedir 127 trabalhadores
Crédito mal-parado subiu em Abril
Bolsas europeias encerram em baixa ligeira
Bolsa de Lisboa fecha em queda
Consumo de gasolina caiu cerca de seis por cento
OCDE terá 57 milhões de desempregados em 2010
Vendas de telemóveis caíram 23 por cento no primeiro trimestre
Autoeuropa: fabrico do Eos caiu 62 por cento
PT pode avançar já amanhã com entrada no capital da dona da TVI
Bolsa de Nova Iorque encerra em baixa
Destruídos mais de 300 postos de trabalho num só dia em Portugal
Socialistas espanhóis já não tributam rendimentos mais altos e futebolistas de elite
Pionner fecha produção de auto-rádios depois de ter "tentado de tudo"
Portugal ainda não atingiu o pior da crise, diz OCDE
Governo anuncia alargamento do passe escolar até 23 anos

boas noticias
Défice externo melhorou 23,8 por cento entre Janeiro e Abril
Ministério Público manda arquivar queixa de Sócrates contra jornalista João Miguel Tavares

em 24 horas a relação é de 15 para 2! triste país!

uma cambalhota socialista!


Os socialistas espanhóis protagonizaram ontem, no Parlamento, uma cambalhota sobre medidas fiscais sobre os rendimentos mais elevados. Em seis horas, o jogo para conseguir a aprovação do Orçamento de Estado de 2010 fez com que os grupo parlamentar socialista desse o dito por não dito e acabasse com a emenda que tinha o apoio da esquerda.
Como relata o site do jornal “ABC”, o grupo parlamentar do PSOE e da esquerda unida (IU-ICV) anunciaram o acordo alcançado: agravamento dos rendimentos mais elevados, dos rendimentos dos futebolistas estrangeiros de elite (de 24 para 42 por cento) e aplicar progressividade ao subsídio de 400 euros e ao “cheque bebé”.
Mas às 18h30, seis horas mais tarde, o porta-voz do grupo parlamentar socialista José Antonio Alonzo, negou qualquer pacto. Nas suas palavras não se tinha “acordado nada” e que apenas se tinha apresentado uma alteração de substituição condicionada ao apoio do limite de despesa. Alonzo argumentou que não se pode apoiar uma iniciativa que condicionará as receitas se não existem garantias de apoio ao limite de despesa. Era uma questão de “coerência elementar”.
Alonzo explicou ainda que o deputado da esquerda unida defendera, por troca do apoio do PSOE à emenda sugerida pela IU-ICV, se absteriam na votação sobre o limite da despesa a votar amanhã. Ora, a abstenção não serve ao PSOE que necessita de um apoio inequívoco.
aqui

problemas no recenseamento

O PSD pediu hoje a presença do ministro da Administração Interna no Parlamento para esclarecer problemas detectados nas eleições de dia 07, como falta de informação sobre o local de voto e situações de duplo recenseamento.
No requerimento entregue hoje na Assembleia da República, o Grupo Parlamentar do PSD pede a «imediata audição» do ministro Rui Pereira na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, salientando que «num horizonte próximo haverá novos actos eleitorais, sendo desejável que situações como as verificadas não se voltem a repetir».
Em causa está, segundo o PSD, a existência de «uma discrepância de quase um milhão entre as pessoas com capacidade eleitoral activa (maiores de 18 anos) e as pessoas recenseadas».
aqui

CDS-PP apresenta provas


Com um documento oficial na mão, o CDS-PP acusa o Ministério da Agricultura de incompetência por ter falhado prazos de pagamento e metas de execução do Proder (programa comunitário de desenvolvimento rural), dois anos e meio depois do seu início de funcionamento. E pede o afastamento dos responsáveis políticos e do gestor do programa Carlos Guerra que “ainda por cima” foi constituído arguido no caso Freeport.

Em conferência de imprensa, o deputado Pedro Mota Soares divulgou um documento oficial que faz o ponto da situação da execução do Proder, em funcionamento entre 2007-2013. Em seis anos, o programa deveria estar executado a 33 por cento; dois anos e meio depois só foi executado em 9,7 por cento, segundo o deputado centrista que fez as contas. “Dos 1,268 milhões de euros disponíveis em dois anos, só foram atribuídos 429 milhões de euros. Há 840 milhões por gastar como o CDS sempre afirmou”, disse.No capítulo da “modernização e capacitação das empresas” foram recebidas 4810 candidaturas, das quais 4628 foram consideradas válidas. Só com 65 foram celebradas contratos, mas até hoje nenhuma verba foi paga, segundo o CDS, com base no documento divulgado. Pedro Mota Soares considera que “há um caso claro de incompetência” e sustenta que “os responsáveis do Programa e do Governo deviam ser afastados para pôr o Proder a funcionar”. Quanto a Carlos Guerra, o CDS não esconde o facto do ex-presidente do Instituto da Conservação da Natureza ter sido constituído arguido. “Falhou nos pagamentos, falhou nos prazos e ainda por cima tem esta circunstância a pender sobre si”, afirmou Mota Soares. aqui

terça-feira, 23 de junho de 2009

CONTRIBUTOS EM PRÓL DE UMA ESQUERDA ÚTIL


dedicado a uns quantos “diletantes” votaram naquilo a que alguns chamam de “esquerda”... e também aos verdadeiros crentes da dita!
ler e meditar em ESTADO SENTIDO

segunda-feira, 22 de junho de 2009

aeroporto de Lisboa também "adiado" ?


A decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa também será tomada apenas pelo futuro Governo.
Tal como no TGV, este Governo apenas quer saber quem são os candidatos interessados. O lançamento do concurso propriamente dito ficará para o futuro Executivo.
SIC online

ANSR não consegue dar vazão e GNR assegura que a situação tende a ficar normalizada


Os portugueses pagaram, até Abril, 8,9 milhões de euros em multas de trânsito, o que representa uma descida de 61,3 por cento face a igual período de 2008, quando tinham sido pagos cerca de 23 milhões. A diferença de 14 milhões de euros é, em parte, explicada pela greve de zelo da GNR, de acordo com uma notícia do jornal “i”.Contudo, uma outra explicação possível é o facto de a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que substituiu a DGV (Direcção-Geral de Viação), ainda não ter o seu quadro de juristas fechado, pelo que não consegue dar vazão aos vários processos que acabam por prescrever, apesar de não haver números oficiais sobre este problema. Os dados avançados reflectem tanto os pagamentos feitos na hora, em acções de fiscalização, como os de anos anteriores e processados pela ANSR.Mas a GNR assegura que, ainda que no início do ano se tenha efectivamente verificado uma diminuição do número de multas, a situação tende agora a ficar normalizada. Isto porque, recorde-se, no final de Maio, mais de 2000 militares da Guarda Nacional Republicana apresentam-se nos novos postos, uma mudança que resulta da nova estrutura orgânica para estes efectivos. Dos 25 mil efectivos, oito por cento mudou de posto. 22.06.2009 - 09h34 PÚBLICO

países pobres ficam mais pobres


O Banco Mundial (BIRD) reviu em baixa o crescimento nos países em desenvolvimento em 2009, que situa em 1,2 por cento, quando em Março o estimava em 2,1 por cento, segundo um relatório hoje divulgado.
Excluindo a China e a Índia, a instituição multilateral prevê um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,6 por cento nesses países.
Quanto ao PIB mundial, o BM prevê agora um recuo de três por cento, quando há oito dias o estimava em 2,9 por cento.
Em 2010, o crescimento mundial deverá ser de dois por cento e o dos países em desenvolvimento de 4,4 por cento (+2,5 por cento excluindo a China e a Índia), de acordo com as últimas previsões do banco.

Estas informações constam de um relatório intitulado "Financiamento do desenvolvimento à escala internacional em 2009: traçar a via da retoma mundial", publicado por ocasião de uma conferência sobre a economia do desenvolvimento, que decorre em Seul.
O Banco Mundial está preocupado com a diminuição dos fluxos de capitais privados para os países em desenvolvimento, que deverão cair para quase metade este ano (49 por cento), de 707 mil milhões de dólares em 2008 para 363 mil milhões de dólares, depois de um recorde de 1,2 biliões de dólares em 2007.
A instituição prevê também para este ano um recuo de 9,7 por cento do volume do comércio mundial.
"A necessidade de reestruturar o sistema bancário, a par das actuais limitações às políticas expansionistas dos países com rendimentos elevados, impedirá uma retoma mundial de grande dimensão", afirma num comunicado o economista chefe do BM, Justin Lin.
A instituição recomenda "uma atenção muito particular" aos "riscos da crise da balança de pagamentos e de reestruturação da dívida em grande número de países", para "evitar outra crise de endividamento como as vividas nos anos 1970 e 1980".
Estão neste caso os países em desenvolvimento da Europa e da Ásia Central, onde o PIB deverá cair 4,7 por cento, antes de recuperar ligeiramente em 2010 (+1,6 por cento)
A outra região onde o PIB recuará este ano (2,2 por cento) e recuperar em 2010 (+2 por cento) é a América Latina e as Caraíbas.
Em contrapartida, manterão o crescimento o leste da Ásia e o Pacífico (+5 por cento em 2009 e +6,6 por cento em 2010), o sul da Ásia (+4,6 por cento, depois +7 por cento), o Médio Oriente e o norte de África (+3,1 por cento, depois +3,8 por cento) e a África sub-sahariana (+1 por cento, depois +3,7 por cento).
Face a este crescimento relativamente fraco, "para prevenir uma segunda vaga de instabilidade, as políticas devem rapidamente centrar-se na reforma do sector financeiro e na ajuda aos países mais pobres", sublinhou o director do grupo de perspectivas do banco, Hans Timmer.
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1269575

sexta-feira, 19 de junho de 2009

depois do TGV... avaliação simplificada no próximo ano

O Ministério da Educação divulgo o relatório do CCAP enviado a Maria de Lurdes Rodrigues sobre o acompanhamento e a monitorização da avaliação de desempenho docente, anexando o despacho da ministra sobre esta matéria dirigido àquele órgão.
O processo de avaliação dos professores foi simplificado por duas ocasiões e foi um dos motivos para as manifestações de docentes de 8 de Março e 8 de Novembro de 2008 e de 30 de Maio deste ano.
Sindicatos e Governo realizam este mês e no próximo um processo de revisão da avaliação de desempenho, tendo a ministra manifestado no Parlamento, em Dezembro, disponibilidade para alterar ou até substituir o modelo. No despacho, a ministra solicita ao CCAP, tendo em vista o segundo ciclo de avaliação, que se inicia no próximo ano lectivo, «ponderação e parecer sobre a pertinência» de ser adoptada uma de duas alternativas.
A primeira, indica, será adoptar o modelo de avaliação de desempenho docente original, publicado em Diário da República a 10 de Janeiro de 2008, mas com «as alterações eventualmente consideradas necessárias», designadamente em relação à duração dos ciclos de avaliação.
A segunda hipótese colocada pela governante à consideração do CCAP prende-se com a manutenção por mais um ciclo avaliativo (dois anos lectivos) do actual regime simplificado, «de forma a permitir às escolas e aos docentes o desenvolvimento e a consolidação das competências avaliativas, bem como um período de maior estabilidade, antes de proceder a novas alterações». Sobre o relatório propriamente dito, a ministra sublinha que, apesar de serem referidas «as dificuldades, as resistências e as divergências de percepção», são igualmente confirmados «os elevados níveis de concretização, de competência dos avaliadores e de exequibilidade técnica de avaliação», sobretudo depois de aplicados os regimes simplificados.
Maria de Lurdes Rodrigues pede ainda ao Conselho uma proposta sobre os termos de referência de um programa de formação para professores titulares.
Entretanto, em Valadares, a titular da pasta da Educação disse que o Governo está a cumprir o seu compromisso com os sindicatos «de acompanhar e estudar a concretização do modelo» de avaliação.
TSF

Manifesto contra o plano de obras públicas do Governo

Um grupo de 30 economistas que elaborou um Manifesto contra o plano de obras públicas do Governo defende que além do TGV, também o novo aeroporto de Lisboa deve ser adiado por três ou quatro anos
«Numa altura de grave crise interna e externa e em que a economia nacional está severamente endividada, considero que vale a pena esperar três ou quatro anos antes que se pense arrancar com o projecto», justifica ao SOL o economista Álvaro Santos Pereira, professor do Universidade Simon Fraser (Vancouver, Canadá).
A ideia do manifesto surgiu há cerca de um mês e meio.
«O principal impulsionador da iniciativa é Alexandre Patrício Gouveia, que conjuntamente com Eduardo Catroga contactou vários economistas», esclarece a mesma fonte, sublinhando o facto de os subscritores serem de «diversas tendências políticas».
O grupo de economistas defende que os grandes investimentos públicos devem ser reavaliados, para que possam ser realizados «estudos de custo-benefício mais detalhados sobre os projectos em questão» e «para que haja um debate alargado sobre esta questão em toda a sociedade portuguesa».
«Esta suspensão é claramente prioritária em relação ao TGV, mas também se justifica em outros mega-projectos», acrescenta Álvaro Santos Pereira, dando o exemplo de algumas auto-estradas projectadas.
«Não se justificam ou, pelo menos, deviam ser adiadas para uma altura em que houvesse maior margem de manobra da política económica e quando o nível de endividamento do país for mais reduzido», acrescenta.
No caso concreto do TGV, o economista da Universidade Simon Fraser, acredita que «é muitíssimo mais prejudicial avançar com um projecto das dimensões do TGV, cuja rentabilidade é duvidosa».
«Todos os estudos encomendados pela própria RAVE indicam que o impacto do TGV só será positivo se incluirmos nos potenciais benefícios valores perfeitamente subjectivos e irrealistas de variáveis como a redução do ruído ou as emissões de CO2», remata.
Entre os subscritores do documento estão também Arlindo Cunha, Augusto Mateus, Daniel Bessa, Henrique Medina Carreira, Henrique Neto, João Duque, João Salgueiro, Luís Campos e Cunha, Manuel Jacinto Nunes, Miguel Beleza, Miguel Cadilhe, Mira Amaral, Rui Moreira, Sarsfield Cabral, Vitor Bento, entre outros. Sol

quinta-feira, 18 de junho de 2009

PS rejeita propostas para impedir queda das pensões

Os deputados socialistas votaram contra as propostas do PP, PCP e PEV para criação de mecanismos que impeçam a possibilidade de as pensões virem a reuzir-se em virtude da inflação cair para valores negativos.
O argumento transmitido ao Diário Económico é o de que o grupo parlamentar do PS irá elaborar uma recomendação ao Governo para legislar nesse sentido."
Ler mais em
ECONOMIA - PUBLICO.PT
Parlamento Europeu tem 18 "deputados-fantasma

Um interessante artigo do “Liberation” postado no “Câmara de Comuns” para ler aqui

um artista na SIC


Sócrates:
diz estar "muito satisfeito" consigo
O primeiro-ministro disse hoje que o objectivo do PS para as próximas eleições é fazer "uma coligação com o país", sem esclarecer o que fará no caso de não alcançar uma maioria absoluta nas legislativas.
"Eu tenho um objectivo e não devo comentar outros cenários que retirem força a esse objectivo", afirmou, em entrevista à SIC e SIC-Notícias, lembrando que já em 2004 se recusou a admitir outra hipótese que não fosse a maioria absoluta. 17.06.2009 - 22h12
Lusa

tenta encostar Manuela Ferreira Leite à direita

Sócrates defendeu que a legitimidade do Governo "está intocável", apesar da derrota nas europeias, considerando "um abuso" que alguns queiram transformar estas eleições em legislativas: "Isso é um abuso, é não respeitar a democracia. A nossa legitimidade está intocável". 17.06.2009 - 22h21 São José Almeida Público

prevê inversão da crise
O primeiro-ministro, José Sócrates, manifestou-se hoje convicto de que a crise financeira poderá já inverter-se no próximo ano, garantindo que existem "pequenos sinais" nesse sentido mas avisando que é necessário "manter o rumo". 17.06.2009 - 22h39
Lusa

diz que Comissão tratou melhor administradores do BPN do que Constâncio
O primeiro-ministro disse hoje que houve "diferença de tratamento" na comissão parlamentar ao BPN, referindo que "não viu" o governador do Banco de Portugal ser tratado da mesma forma que foram os antigos administradores do banco.Questionado pelos jornalistas sobre se considera que os deputados da comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN teriam sido benevolentes com Oliveira e Costa durante a sua audiência, José Sócrates respondeu que na entrevista desta noite à SIC não falou especificamente do antigo presidente do banco. "Não, eu não me referi a isso [durante a entrevista], referi-me foi à diferença de tratamento ou comportamento de alguns deputados, mas estava-me a referir a todos os administradores, que foram tratados pelos senhores deputados de forma muito respeitosa e urbana, como deve ser, mas não vi igual tratamento e igual respeito pelo governador do Banco de Portugal", afirmou o chefe do Governo. 17.06.2009 - 23h23
Lusa

e que a derrota nas europeias serve de estímulo para «fazer melhor»
José Sócrates afirmou, esta quarta-feira, em entrevista à SIC, que o resultado obtido nas eleições europeias deve constituir «um estímulo» para o PS e o Governo «fazerem melhor». O primeiro-ministro apontou ainda as principais diferenças entre PS e PSD.
TSF

terça-feira, 16 de junho de 2009

cada presidente tem o seu Zé

Tribunal mandou parar as obras no Terreiro do Paço
O Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa mandou parar as obras relativas ao novo modelo de circulação da Baixa e que englobam o projecto de remodelação para o Terreiro do Paço/Praça do Comércio"
A decisão do Tribunal surge na sequência da providência cautelar apresentada pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP) contra o projecto Sol

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ensino das artes em Belgais fecha devido a «arresto de bens e falta de apoios» - TSF

Joana Pires, filha da pianista, Maria João Pires, e responsável pelo Centro de Estudo das Artes de Belgais, disse à agência Lusa que após o encerramento da escola e do Coro Infantil, «não deve restar nada do projecto de Belgais iniciado pela minha mãe».

Joana Pires revelou que os subsídios do Ministério da Educação, a única fonte de financiamento, bem como o mobiliário e instrumentos da escola «estão arrestados».

«Parece-nos ser uma acção movida por quatro ex-funcionários», despedidos a meio do ano, e que, de acordo com Joana Pires, discordam das indemnizações que lhes foram pagas. O valor do arresto ronda «os 78 mil euros», acrescentou.

«Despedimos funcionários para não termos que declarar insolvência a meio do ano. Perdemos patrocinadores e donativos e só lhes podíamos pagar o que o Ministério da Educação nos dava. Ficámos sem o resto do dinheiro que recebíamos», fruto da crise financeira, justificou.

As tarefas foram redistribuídas por outros cinco trabalhadores, mais dois professores colocados pelo Ministério da Educação e outros dois professores de artes.

A Escola da Mata, perto de Castelo Branco, é frequentada por 40 alunos dos quatro primeiros anos do ensino básico, com os quais são desenvolvidas actividades artísticas e culturais no dia-a-dia. «Não sei para onde vão no futuro», disse Joana Pires.


o mundo ás avessas: PS acusa PSD e CDS de suspenderem investimentos na margem sul

A Comissão Política do PS da Moita acusou hoje o PSD e o CDS de exigirem a suspensão de projectos de investimento na Margem Sul, como o novo aeroporto e o TGV, que são 'fundamentais' para a região.
'Aproveitando a escassa vitória eleitoral e confundindo os Portugueses, que votaram para as Eleições Europeias e não para o Governo de Portugal, vem o PPD/PSD e também o CDS, exigirem a suspensão dos projectos de investimento da Margem Sul -- Novo Aeroporto, TGV, Nova Ponte do Barreiro - projectos fundamentais para o país e para os portugueses, particularmente para a região de Setúbal', refere em comunicado.

O PS da Moita refere que a paragem dos investimentos previstos iria contribuir para 'adiar o desenvolvimento da Margem Sul', garantindo que tudo vai fazer para defender os projectos.
'Estes projectos do Governo vão transformar a Baixa da Banheira/Lavradio no novo Centro Urbano da Margem Sul, criando centenas de postos de trabalho na nova Super Estação Multi-Serviços, bem como nas oficinas de manutenção do TGV que vão ser construídas nesta área entre os Concelhos da Moita -- Barreiro', acrescenta."

...ligação a Madrid deve ser para já até ao Pinhal Novo

A prioridade da futura rede portuguesa de alta velocidade deve ser a ligação entre Lisboa e Madrid e “tudo o resto deve ser adiado”, defendeu hoje Fernando Nunes da Silva, professor na área de engenharia do Instituto Superior Técnico, durante um colóquio na Assembleia da República.
Quanto à linha entre Lisboa e Madrid, este especialista em transportes considera que “é dos maiores disparates” a que já assistiu o facto de não estar prevista uma ligação em alta velocidade ao futuro aeroporto internacional em Alcochete, previsto para entrar em operações em 2017.
“O problema que se coloca é como entrará a alta velocidade em Lisboa”, disse Nunes da Silva, que defende que a terceira travessia do Tejo entre Barreiro e Chelas deve ser repensada e que a futura linha deve parar para já na Margem Sul do Tejo, mas já na área da região de Lisboa.
A ligação para Madrid pode perfeitamente parar numa primeira fase no Pinhal Novo”, defendeu, acrescentando que os estudos que já foram feitos “não foram discutidos com serenidade e com tempo” até agora.
O docente universitário considera também que Portugal não tem cidades com dimensão populacional suficiente para justificar um TGV a nível interno, mas tem necessidade de estar ligado a outras grandes cidades europeias por meio da rede de alta velocidade europeia. Está previsto que a ligação entre Lisboa e Madrid fique concretizada em 2013, tal como Porto-Vigo.ECONOMIA - PUBLICO.PT
estes "especialistas" são tão sábios que ninguém os percebe! Pinhal Novo???

domingo, 14 de junho de 2009

Juízo final para uma Califórnia na bancarrota

"Crise!
O Governador Schwarzenegger diz que os cofres estão vazios e quer libertar presos e encurtar ano lectivo para equilibrar contas. Congresso vota proposta amanhã. Se rejeitar, Governo deve parar.
'O dia do reconhecimento está ai. A nossa carteira está vazia. O nosso banco fechado. O crédito secou'. O desespero estava estampado no rosto de Arnold Schwarzenegger quando sexta-feira fez um derradeiro apelo ao Congresso da Califórnia para aprovar um pacote de medidas drásticas que salvem este estado da falência.
A votação está marcada para amanhã e na imprensa americana já se fala no 'dia do juízo final'. Responsáveis das finanças estaduais avisam que se nada for feito a Califórnia deixará de poder contrair empréstimos e o Governo vai literalmente parar.
O cenário não é mera teoria. Os cortes propostos pelo governador são drásticos e ninguém ficará surpreendido se forem rejeitados. Schwarzenegger quer encurtar o ano lectivo e aumentar o número de alunos por turma para poupar milhões na educação.
Além disso, está disposto libertar milhares de prisioneiros e vender a emblemática cadeia de St. Quentin. A situação é tão dramática que as autoridades deixarão de acolher os animais perdidos durante três dias à espera dos donos. A ordem passará a ser para os abaterem de imediato.
Os funcionários públicos, mesmo os dos serviços mais básicos, também são visados pelas medidas draconianas. O Governo federal quer dispensar ou reduzir o horário de milhares de polícias e bombeiros. Os que continuarem nos seus empregos verão os ordenados reduzidos em 10 por cento.
Schwarzenegger garante que vê "as pessoas atrás dos dólares" e justifica as medidas com a gravidade da situação. Talvez mais do que qualquer outro estado nos EUA, a Califórnia está a ser devastada pela crise económica.
O desemprego disparou - a taxa vai nos 11% depois de no último mês terem sido destruídos 63 700 empregos - e as receitas estaduais caíram a pique.
O novo ano fiscal começa a 1 de Julho e o défice estimado é colossal: 24 mil milhões de dólares (mais de 17 mil milhões de euros). Em números que cabem nos bolsos dos contribuintes, são 700 dólares (500 euros) por habitante.
Em Maio, os californianos humilharam o governador - que já foi O Exterminador, Implacável em Hollywood - ao rejeitarem um plano menos radical do que o que o Congresso vai votar amanhã. por Hugo Coelho
Globo - DN
Parece o script de um filme! Será?

sábado, 13 de junho de 2009

uma defunta arrependida...

Heron Castilho: Mais uma estória difícil de engolir...

uma antiga notário entrega no 21.º cartório Notarial de Lisboa, dossiês “desviados” por uma ex-funcionária já falecida. Como a notário não estava no cartório, os dossiês foram colocados num caixote selado e serão analisados na segunda-feira.
desconhece-se o conteúdo do caixote selado, mas sabe-se que contém documentos relativos a transacções imobiliária realizadas entre a offshore Stoldberg Investments Limited e Maria Adelaide Monteiro, mãe do nosso primeiro-ministro e são cópias autenticadas de documentos do 2.º Cartório Notarial de Lisboa.
embora, repete-se, se desconheça o conteúdo do caixote selado, sabe-se que os papéis mostram que a offshore Stoldberg Investments Limited tem como procuradora uma portuguesa que vive com o líder de um grupo imobiliário perseguido em França por ligações à Camorra e que reside no Algarve.
Ninguém nos explica porque é que papeis do 2 são devolvidos ao 21, nem a razão que levou a morta a “desviar” aqueles documentos, talvez em Domingo Independente... e como é que conhece o conteúdo do caixote selado!
Isto parece tirado de um mau conto policial

sexta-feira, 12 de junho de 2009

para memória futura...

EXPRESSO - Há dois anos fizemos-lhe uma entrevista que começava com esta pergunta: identifica-se com o secretário-geral do PS?
JOSÉ SÓCRATES - A linha política do PS está adequada às circunstâncias. É verdade que, nos últimos tempos, o PS se tem ocupado sobretudo a procurar o seu caminho na oposição, mas seria injusto não ver em grande parte dos seus resultados nas sondagens o resultado da crítica à governação económica. Neste debate, como noutras questões políticas centrais, o PS esteve no sítio certo e com o discurso adequado.
EXP. - Não tem conseguido descolar do PSD nas sondagens. Isso não o preocupa?
J.S. - Estar à frente em todas as sondagens é muito reconfortante. Esperar que, ao fim de dois anos, o PS estivesse 10 pontos à frente do PSD seria um pouco irrealista. Com certeza que o PS ainda tem um caminho de afirmação a fazer.
EXP. - Estes dois anos não foram anos perdidos pelo PS nesse trajecto?
J.S. - A oposição tem sempre dois trabalhos: avaliar o Governo e afirmar um projecto político alternativo. O primeiro foi cumprido, o PS contribuiu para um debate onde ficou clara a sua divergência do Governo quanto às grandes questões nacionais. O segundo ainda está a cumpri-lo.
EXP. - Não é sintomático de alguma indefinição do papel de oposição que os discursos críticos do Presidente, como o de domingo, acabem por ser mais marcantes do que os do PS?
J.S. - A ideia de que um discurso do Presidente escurece o PS é errada. Ao contrário, dá mais luz e mais credibilidade às suas posições. A intenção do PR não é essa, mas as suas observações críticas têm esse resultado. Grande parte do que disse o Presidente é dito pelo PS há muito tempo.
EXP. - Sem o mesmo impacto. O PS não tem um problema de comunicação com os portugueses?
J.S. - Seria infantil não reconhecer que o PS tem ainda um caminho a percorrer. Mas também seria ridículo não reconhecer que o PS enfrentou neste último ano momentos muito difíceis, que prejudicaram a sua acção política. Agora, na questão política essencial - a governação económica - o PS travou um debate com o Governo desde a primeira hora. E ao fim de dois anos, a conclusão que podemos retirar é que ganhou esse debate.
EXP. - Não se deixou enredar nesse jogo, que o Presidente qualificou como «estéril», de saber quem são as culpas?
J.S. - O debate nunca é estéril, é bom. Mas interpreto as palavras do Presidente como a mais certeira crítica à desculpabilização com a herança recebida. Isso é que é absolutamente negativo e, aliás, imaturo. É altura de cada um assumir as suas responsabilidades.
EXP. - Parece-lhe mesmo que as pessoas entenderam que o PS ganhou o debate?
J.S. - O mérito de uma política funda-se sempre nos resultados. Estes falam mais alto do que a retórica.
EXP. - Estamos a meio da legislatura. E o que o Governo diz é que até agora só esteve a compor o que estava errado.
J.S. - Uma governação económica muito centrada no défice orçamental deu os resultados que deu, em todas as áreas, e que só tem uma classificação: um falhanço. O PS sempre disse que esta política não iria resolver o problema orçamental mas acrescentar um novo problema, a crise económica. Agora chegou o momento da verdade, o debate já não é apenas a dois, é a três: nós, o Governo e o povo. E se o primeiro-ministro não quis ouvir durante estes dois anos, vai ter de ouvir agora, no momento das eleições.
EXP. - Europeias. Não legislativas.
J.S. - Todas as eleições, quaisquer que sejam, são momentos de avaliação. Todas. Seria um erro não as interpretar assim. Este é ou não um momento para dar um aviso ao Governo? É. Vai ser. E será uma cegueira não o reconhecer. Não acredito que o primeiro-ministro seja tão autista que, se for claramente derrotado nestas eleições, não tire delas consequências políticas para a condução do Governo.
EXP. - Mas se o Governo ganhar as eleições, não é de esperar que seja o PS a retirar consequências?
J.S. - Mas algum dia o PS não retirou consequências de uma derrota? Agora isso não nos deve é levar a mudar de convicções e de valores políticos.
EXP.- E de pessoas?
J.S. - Bom, isso está sempre disponível. Mas este é o momento de disputar eleições. Haverá um momento para discutir o partido que é o Congresso, no final do ano. E será um Congresso de debate político. Não será um Congresso ritualista, de mero contar de narizes. Terá substância política, contribuirá para a afirmação do projecto político do PS. Marcará o arranque para a última fase da legislatura.
EXP. - Mas o debate está antecipado: há já um candidato à liderança, há altos responsáveis que defendem um Congresso com disputa da liderança...
J.S. - Cada um sabe de si. Eu sou muito disciplinado: não faço nenhuma declaração que contribua para o enfraquecimento da posição do PS ou da sua liderança.
EXP. - Não dá nem um sinal aos que gostariam de o ver avançar para a liderança do PS?
J.S. - Não tenho nenhuma angústia de protagonismo e acho que os políticos têm o dever de poupar o país a palavras inúteis. O desafio para um político é dizer as coisas certas nos momentos adequados.
EXP. - É abusivo interpretar o seu silêncio a este respeito como uma porta que não está fechada?
J.S. - Sim. A melhor interpretação que pode ter para o meu silêncio, é o silêncio sobre essa matéria.
EXP. - Muita gente também fala de si para a Câmara de Lisboa.
J.S. - Isso é muito simpático. Deve ser consequência daqueles debates que tive com Santana Lopes, na televisão.
EXP. - A disponibilidade de Manuel Maria Carrilho é extemporânea?
J.S. - Ele é um candidato a candidato. Mas o PS vai ainda escolher os candidatos, e fazê-lo no momento adequado. O tempo é uma variável absolutamente crítica em política.
EXP. - Neste momento o PS não ganharia em ter um candidato que personificasse a oposição a Santana Lopes?
J.S. - Não. Não há nada pior que antecipar os momentos do debate e discussão políticas. Agora, o PS deve focar-se no essencial: as eleições europeias. Não há nada pior na democracia portuguesa do que a desvalorização do debate europeu, que é de enorme importância. A maioria tem boas razões para querer desvalorizar estas eleições. Não só porque as encara como difíceis mas também porque a coligação não se funda num projecto político comum mas num somatório de fraquezas. Mas tem sido chocante o seu silêncio a propósito de qualquer questão europeia.
EXP. - Na propaganda do PS, a Europa também apenas serve como referência para se fazerem críticas internas...
J.S. - Estas eleições vão ser dominadas pela economia e pela guerra. Vão ser um referendo europeu à guerra no Iraque, um tema que é de importância mundial e um grande desafio à Europa. Esta guerra foi um erro clamoroso, e um dos seus aspectos mais indignos foi ter-se baseado numa mentira: não há nada pior numa democracia do que a mentira.
EXP. - E o PS está à vontade nessa matéria? Com o Iraque deu um pouco o flanco...
J.S. - Absolutamente à vontade. Mas, voltando atrás, o projecto europeu é o grande projecto dos nossos tempos. O alargamento e a Constituição são mudanças vertiginosas. E o sucesso da União Europeia é também o sucesso de Portugal. É absolutamente irresponsável que dois partidos que estão no Governo não tenham a mínima contribuição para um debate decisivo.
EXP. - Voltando ao Iraque, pode discordar-se da intervenção mas ela aconteceu. E agora?
J.S. - A melhor forma de contribuir para a solução, agora, é reconhecer que foi tudo um erro. Acho inacreditável que o primeiro-ministro ainda o não tenha feito. O mundo ficou em situação pior.
EXP. - Se as eleições de 13 de Junho fossem legislativas e o PS as ganhasse, o que faria?
J.S. - Cumprir os compromissos assumidos com a comunidade internacional até 30 de Junho e, não havendo nenhuma mudança na condução institucional da situação no Iraque, retirar. Deve procurar-se maior legitimidade internacional, através da ONU e das organizações multilaterais. Nunca, em Portugal, tivemos uma intervenção militar que dividisse tanto como esta. O primeiro-ministro não deveria ter mais consideração pela opinião dos outros?
EXP. - Chegou a um consenso com o Presidente da República, por isso é que a GNR foi para o Iraque.
J.S. - Pois, mas essas soluções de compromisso às vezes são as piores. Naquele teatro militar, que pode ser de grande instabilidade, melhor seria ou estarem militares ou não estar ninguém. No essencial, houve duas questões centrais nestes últimos dois anos: a guerra e a governação económica. E a conclusão a que podemos chegar é que nestas duas áreas o primeiro-ministro conduziu mal o país. Errou.
EXP. - Dias depois da vitória do PSOE, Ferro Rodrigues comprometeu-se a não pedir o regresso da GNR.
J.S. - O PS nunca pediu o regresso da GNR. Sempre defendeu é que sem uma legitimidade política a presença portuguesa não adianta, pelo contrário, contribui para insistir no erro. Mas não devemos pedir para que regressem já pela simples razão de que há compromissos a respeitar.
EXP. - O que lhe pareceu o facto de ter sido Manuel Alegre a fazer o discurso do 25 de Abril? Há quem pense que foi um sinal de que é um potencial candidato à Presidência da República.
J.S. - O Manuel Alegre é um bom orador. O tema do 25 de Abril está bem entregue.
EXP. - É um bom pré-candidato à Presidência?
J.S. - Por amor de Deus, acho que o melhor candidato que o PS tem e o melhor com que podemos servir o país se chama António Guterres.
EXP. - Só há um problema: a vontade dele! Tem esperança que queira?
J.S. - Tenho. Espero que reconsidere e possa vir a candidatar-se.
EXP. - E se não quiser?
J.S. - Não teremos o melhor candidato, teremos outro.
EXP. - Quem?
J.S. - Alguém haverá. A política tem horror ao vazio.
in
Grupo Parlamentar do Partido Socialista entrevista ao Expresso - 1/5/2004

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Portas agradece apoio agricultores nas europeias


“Quero agradecer aos agricultores o apoio firme que deram ao CDS nas eleições de domingo. O CDS aguentou bem e cresceu bastante nas zonas rurais e isso tem a ver com a fidelidade do nosso trabalho pela agricultura e pelos agricultores. Quero agradecer o apoio que recebi do mundo rural e renovar o meu contrato de confiança: o CDS vai crescer nas legislativas e uma das razões é dar prioridade à agricultura”, afirmou Paulo Portas aos jornalistas, durante uma visita à Feira Nacional da Agricultura, que considerou ter “um valor simbólico”.
...
“Os fundos europeus que podiam ter sido usados em parte estão perdidos, cerca de 240 milhões de euros foram devolvidos à União Europeia e redistribuídos (…) os fundos de investimento na agricultura em vez de serem aplicados foram atrasados, foram 850 milhões de euros nos dois primeiros anos do PRODER”.
...
“O meu compromisso com a agricultura não depende de haver eleições, é um trabalho diário, sistemático, informado. É preciso investir os fundos na agricultura, injectar dinheiro na economia rural, isso gera produção, gera negócio, gera actividade, gera consumo e até gera receita fiscal”, disse.
...
Sobre a moção de censura que o CDS-PP vai apresentar ao Governo no dia 17, Portas declarou que esta será “construtiva para o país” e irá explicar aos portugueses “o que faria na agricultura, nos impostos, na autoridade dos professores, em relação às pensões dos idosos, para proteger as pequenas e médias empresas ou ao nível de uma política de segurança”.
SOL


parece que PP se está a esquecer de Nuno Melo, de Diogo Feio e de Teresa Caeiro. Não somos cegos e todos viram o trabalho que estes três realizaram...

e´ deste que estamos a precisar em Portugal…


Patxi López, a los cargos públicos: 'Nadie ha venido aquí para hacerse rico'
El lehendakari Patxi López ha advertido a todos los cargos públicos de su Ejecutivo de que "nadie ha venido aquí a hacerse rico", a la vez que le ha pedido que gestionen los recursos públicos con honradez y transparencia y que no siembren dudas sobre la gestión del Gobierno socialista.
Patxi López se ha reunido con altos cargos de su Gobierno en Lehendakaritza para exponer las directrices que deberán regir la conducta de los miembros del Ejecutivo. "Esperan de todos nosotros que seamos honestos, honrados, que nadie busque el lucro personal", ha dicho le lehendakari.
En esta misma línea, López ha añadido: "Hemos reclamado en repetidas veces una política de bolsillos de cristal para los cargos públicos, lo hemos exigido mientras hemos estado en la oposición y hoy desde el Gobierno lo vamos a poner en práctica. Quiero que todos tengamos los blosillos de cristal. Nadie ha venido a este Gobierno para hacerse rico".
Durante su intervención, el lehendakari ha reclamado austeridad en la gestión y transparencia en el gasto público, entre otros objetivos para poder combatir los efectos de la crisis económica, a la vez que pedido a todos los cargos públicos que propicien el acuerdo y el diálogo. El Mundo

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Homenagem a Salgueiro Maia


A homenagem que o Presidente da República, Cavaco Silva, presta hoje, em Santarém, a Salgueiro Maia, no âmbito das comemorações do 10 de Junho, recupera para a actualidade a controvérsia de há 20 anos, quando o mesmo Cavaco Silva, então primeiro-ministro, não atribuiu a pensão que tinha sido pedida pelo capitão de Abril.

A semana passada o semanário Expresso lembrava que o próprio Salgueiro Maia decidiu, em 1988, requerer uma pensão por causa dos 'serviços excepcionais e relevantes prestados ao país'. A viúva Natércia Salgueiro Maia confirma que o capitão de artilharia que foi responsável pela rendição de Marcelo Caetano no Quartel do Carmo decidiu pedir a pensão, 'por causa da sua participação no 25 de Abril', mas 'nunca obteve resposta'. O historiador António de Sousa Duarte, autor da biografia Salgueiro Maia - Um Homem da Liberdade, corrobora que 'Salgueiro Maia confidenciou a alguns amigos que requereu essa pensão devido à sua intervenção na Operação Fim de Regime, nome dado pelo Movimento das Forças Armadas ao 25 de Abril'."
PUBLICO.PT

António Barreto exorta o poder a dar “o exemplo”

O sociólogo António Barreto exortou hoje os diversos poderes, do político ao empresarial, a serem exemplos para o resto da sociedade portuguesa.

No discurso na sessão solene do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Europeias, o presidente da comissão organizadora das comemorações fez várias críticas a algumas opções de Estado — como a guerra colonial —, ao funcionamento das instituições e ao facto de a sociedade portuguesa ainda não ter sabido aplicar parte dos ideais com que fez a democracia.

Pegando no exemplo da “elevadíssima” abstenção das eleições de domingo, Barreto apontou que a cidadania europeia é ainda “uma noção vaga e incerta”, inventada por políticos e juristas, mas que pouco diz ao cidadão comum.

“A sociedade e o estado são ainda excessivamente centralizados. As desigualdades sociais persistem para além do aceitável. A injustiça é perene. A falta de justiça também. O favor ainda vence vezes demais o mérito. O endividamento de todos […] é excessivo e hipoteca a próxima geração”, afirmou António Barreto.

Perante o Presidente da República, o primeiro-ministro, membros do Governo e altas patentes militares, António Barreto — que substituiu o falecido João Bénard da Costa na comissão das comemorações — elogiou, por outro lado, a consolidação do regime democrático — ainda que “recheado de defeitos” —, a evolução da situação das mulheres, a pluralidade da sociedade portuguesa e a filosofia do Estado de protecção social. O sociólogo defendeu que os portugueses precisam do "exemplo" dos seus heróis — como o que hoje se comemora, Luís de Camões — "mas também dos seus dirigentes". “Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista”, justificou. E apelou ao exemplo pela justiça e pela tolerância, pela “honestidade e contra a corrupção”, pela eficácia, pontualidade, atendimento público e civilidade de costumes, contra a decadência moral e cívica, pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo.
PUBLICO.PT
para ler na integra

terça-feira, 9 de junho de 2009

sondagens projectadas... e ainda a procissão vai no adro!

o CDS
defende que as empresas de sondagens devem ser supervisionadas e proibidas de projectar resultados durante as campanhas eleitorais, nesse sentido decidiu apresentar um projecto de lei na Assembleia da República.
“Não é possível que passemos mais eleições em que há uma divergência total entre as sondagens e o que são os resultados eleitorais. Isto tem influência nas pessoas, na forma como votam, tem uma influência real no facto de as pessoas irem votar num determinado partido e, nesse sentido, o jogo está falseado”, explicou o deputado Pedro Mota Soares. Pagina 1

o PCP
Jerónimo de Sousa, na conferência de imprensa no final da reunião do Comité Central do partido, referiu que “Quando os resultados deste escrutínio espelham «um resultado positivo traduzido no aumento de 1,6 pontos percentuais, um crescimento superior a 70 mil votos confirmando a eleição de dois deputados no quadro da redução de 24 para 22 mandatos nacionais»...
... «houve claramente o objectivo político de desvalorização do resultado da CDU» e considerou que «a falta de rigor, mesmo no plano científico, coloca as questões já num outro foro, que é o do plano político»
«Nesse sentido, mais do que uma medida punitiva no plano legal, deveria haver uma reconsideração dessas empresas que estão a prestar um serviço público e que não podem tomar partido fazendo a manipulação desses dados estatíticos com o objectivo de prejudicar alguns», considerou
Jerónimo de Sousa reiterou ainda que «os resultados da CDU não foram construídos no último dia mas paulatinamente durante meses, o que demonstra não só o carácter falível e admissível das sondagens mas o sentido propositado de menorizar e secundarizar a CDU». Lusa / SOL
Ler mais aqui e aqui

Guiné-Bissau: CEDEAO vai analisar envio de força de paz - JN


Cidade da Praia, 09 Jun (Lusa) -- O envio de uma força de paz para a Guiné-Bissau será analisado a 22 de Junho, em Abuja (Nigéria), numa cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), disse hoje à Agência Lusa o presidente do Conselho de Ministros da organização.
Contactado telefonicamente a partir da Cidade da Praia, o também ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Bagudu Hirse, adiantou à Lusa que a Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos 15 Estados membros da Comunidade Económica permitirá que seja tomada uma "forte posição" sobre a situação que se vive na Guiné-Bissau.
"Já chega de impunidade. Vamos exigir resultados (das investigações). Vamos também analisar a disponibilidade de Angola (manifestada em Abril, na Cidade da Praia) em enviar soldados para a Guiné-Bissau", disse à Lusa Bagudu Hirse, garantindo que, desta vez, "vão ser conhecidos os responsáveis" pelas mortes de altos dirigentes guineenses. JN

mais uma grossa asneira...
não perceberam que ainda existem mais duas dezenas de "guinés", uma por cada etnia com lingua, cultura e tradições proprias e que, individual e colectivamente, dificilmente aceitam estrangeiros.
alguém esqueceu o primeiro combate pós-indepencia que levou á saida dos cabo-verdianos e um até era presidente...
Angolanos? Por causa da cor?
Esqueçam, são estrangeiros! Talvez prefiram os portugueses com quem lutaram, contra ou do mesmo lado, e, apesar ou talvez por isso, mutuamente se respeitam!

aos que tombaram pela pátria!


Com o encontro, a 10 de Junho, pretende-se prestar uma homenagem a todos os portugueses que perderam a vida no «cumprimento do dever».
As cerimónias terão início às 10h30 com a celebração de uma missa na Igreja de Santa Maria de Belém do Mosteiro dos Jerónimos, presidida pelo Bispo Auxiliar de Lisboa, Joaquim da Silva Mendes.
Às 12 horas o programa continua na área do Monumento aos Combatentes do Ultramar, com a leitura de uma mensagem do, antigo combatente, Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República e discursos do tenente-general Alípio Tomé Pinto, presidente da Comissão Executiva do Encontro, e de Manuel Braga da Cruz.
É um momento de evocação histórica, de evocação da Alma da Nação e é levado a efeito por Portugueses de qualquer idade, credo, raça ou ideologia política que, amantes da sua Pátria, celebram Portugal prestando homenagem aos Heróis Nacionais visando o reforçar da Nação e o afirmar dos traços perenes da Sua Alma Imorredoira e da sua Singularidade e Unidade.
No corrente ano, e em virtude da sua canonização, neste Encontro Nacional de Combatentes será evocado o Português, o Santo, o Herói e o Combatente D. Nuno Álvares Pereira que, para além de Homem de Estado, soube colocar os superiores interesses da Nação acima das suas conveniências e interesses, fazendo da sua vida uma Missão, correndo todos os riscos para bem servir a Pátria e o seu Povo.
A cerimónia de homenagem aos combatentes tem como ponto alto as honras militares, com uma salva de tiros por um navio da Armada portuguesa sedeado no Tejo e com a deposição de flores no Monumento por diversas entidades, instituições e associações de combatentes e de militares.
O Hino Nacional será entoado pela Banda do Exército e cantado pela fadista Kátia Guerreiro.As cerimónias encerram-se com a passagem aviões da Força Aérea Portuguesa, o Desfile de Guiões, a Exibição de Pára-Quedistas e um almoço-convívio no local.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

resultados...quase definitivos!

estes são os resultados quase definitivos (falta a contagem de votos dos circulos do estangeiro).
Ao longo da pré e campanha muitas Sondagens foram publicadas com evidentes erros. Algo está mal nos modelos que algumas empresas do ramo estão a usar e que ao "provocarem" o "voto util" prejudicam os partidos de menor expressão e, por consequencia, a democracia!
ler aqui

sábado, 6 de junho de 2009

isto:ou isto:
"White African-American" Suing N.J. Med School for Discrimination
Paulo Serodio Says He Was Harassed, Assaulted After Defining Himself as African-American
Born and raised in Mozambique and now a naturalized U.S. citizen, Serodio, 45, has filed a lawsuit against a New Jersey medical school, claiming
he was harassed and ultimately suspended for identifying himself during a class cultural exercise as a "white African-American."
"I wouldn't wish this to my worst enemy," he said. "I'm not exaggerating. This has destroyed my life, my career."
The lawsuit, which asks for Serodio's reinstatement at the school and monetary damages, named the Newark-based University of Medicine and Dentistry of New Jersey and several doctors and university employees as defendants.
Filed Monday in U.S. District Court in New Jersey, the lawsuit traces a series of events that Serodio maintains led to his 2007 suspension, starting with a March 2006 cultural exercise in a clinical skills course taught by Dr. Kathy Ann Duncan, where each student was asked to define themselves for a discussion on culture and medicine.


é por isto que eu sou branco afro-português

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Golpe de Estado ia ocorrer na ausência do PM e do PR

O Golpe de Estado ia ocorrer na ausência do Primeiro Ministro e do Presidente da Républica
A Direcção-Geral dos Serviços de Informação do Estado da Guiné-Bissau comunicou hoje que foi abortada uma tentativa de golpe de Estado no país, liderado por Hélder Proença, que 'se deslocou ontem (quinta-feira) de Dacar para vir coordenar as acções'. Segundo o comunicado, "durante a operação, alguns renderam-se voluntariamente, enquanto outros mostraram resistência contra as forças de ordem, o que culminou com trocas de tiros, tendo sido vitimados mortalmente".
O primeiro-ministro guineense encontra-se em viagem privada a Portugal há cerca de duas semanas, enquanto o ministro da Defesa e o Presidente da República interino se encontram em França.
Ausentes da Guiné-Bissau estão também o ministro da Função Pública, Fernando Gomes, e o ministro da Comunicação Social e porta-voz do governo, Fernando Mendonça.
Dos principais candidatos às presidenciais de 28 de Junho, o único ausente é Malam Bacai Sanhá, candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que se encontra em Dacar, no Senegal.
Um dos nomes dados como envolvidos na tentativa de golpe de Estado denunciada pelos Serviços de Informação de Estado guineense é o de Roberto Cacheu, director de campanha de Malam Bacai Sanhá.
O governo da Guiné-Bissau reuniu-se hoje de emergência para analisar a situação, com a presença do chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas interino, Zamora Induta.
A Guiné-Bissau ia realizar eleições presidenciais antecipadas na sequência da morte de "Nino" Vieira, horas depois do chefe das Forças Armadas ter sido assassinado num ataque à bomba.
O início da campanha eleitoral para as presidenciais está marcado para sábado.

Kumba Ialá afirma que a droga é “o produto do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) (…) que a fez entrar no país”.
“E essa droga teve como resultado final o desaparecimento do Presidente “Nino” Vieira”, acrescenta.
“Como é que se pode compreender e entender que a droga venha transportada num avião e desça no aeroporto de Bissau?”, questionou o antigo Presidente guineense, também líder do Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força partidária do país.
“O PAIGC é que está a dirigir o país, foi o PAIGC que trouxe a droga”, insiste Kumba Ialá, garantindo que se algum elemento do PRS entrar no negócio da droga “terá de responder no tribunal enquanto cidadão guineense”.
Sobre a actual situação política do país, Kumba Ialá afirma que o “PAIGC é o responsável número um e último de todos os acontecimentos desastrosos” que ocorreram na Guiné-Bissau.
“Desde os assassínios de Amílcar Cabral a Osvaldo Vieira e outros heróis combatentes da liberdade da pátria até à venda de armamento na província sul do Senegal, em Casamansa, até à guerra de 07 de Junho, todos estes incidentes que se vivem aqui no país é o produto da incompreensão e da intolerância que se vive no seio do PAIGC”, explica.
“Falo com convicção e conhecimento de causa e fui militante do PAIGC durante 28 anos, desde 1962”, diz Kumba Ialá.
Sobre os assassínios de “Nino” Vieira e de Tagmé Na Waié, Kumba Ialá afirma ter ficado chocado quando recebeu a notícia.
“Qualquer ser humano que desta forma trágica perde a sua vida choca um indivíduo”, disse.
“O governante que estava e está, neste momento, a dirigir o país é que tem a responsabilidade de clarificar a opinião pública nacional e internacional sobre estes incidentes”, sublinha, referindo-se às investigações aos assassínios, cujos resultados são ainda desconhecidos.
DN

Guiné-Bissau: a herança de Nino Vieira!

O ex-ministro da Defesa guineense, Hélder Proença, e o candidato presidencial Baciro Dabó foram hoje mortos a tiro na Guiné-Bissau, na sequência de uma operação do Estado guineense para abortar uma tentativa de golpe de Estado.
Sabe-se agora que o ex-primeiro-ministro daquele país, Faustino Fudut Imbali, também foi morto a tiro. São já cinco as vítimas desta matança: os ex-ministros, o candidato presidencial e o guarda-costas e o motorista de Hélder Proença.
A Direcção-Geral dos Serviços de Informação do Estado da Guiné-Bissau comunicou hoje que foi abortada uma tentativa de golpe de Estado no país, liderado por Hélder Proença, que 'se deslocou ontem (quinta-feira) de Dacar para vir coordenar as acções'.
Segundo o comunicado, 'durante a operação, alguns renderam-se voluntariamente, enquanto outros mostraram resistência contra as forças de ordem, o que culminou com trocas de tiros, tendo sido vitimados mortalmente'.
Também hoje de madrugada, o candidato às presidenciais e ex-ministro da Administração Territorial Baciro Dabó foi morto a tiro na sua residência em Bissau por homens vestidos com uniformes militares
Baciro Dabó também é dado como envolvido, segundo o comunicado das autoridades guineenses, na tentativa de golpe de Estado.
DN

Dificilmente se pode excluir a França do que se passa na Guiné-Bissau.
Desde o final do seculo XIX que são constantes as tentativas que faz para dominar aquele pequeno território, o unico pedaço que lhe falta para construir um imenso e rico império pós-colonial!
Vão ter alguma dificuldade em substituir Nino...mas acabarão por o conseguir, porque existem muitos Dabós, Proenças e Imbalis!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vital sem votos para o CC

Vital Moreira com zero votos para o Conselho Científico da Faculdade de Direito
O cabeça-de-lista do Partido Socialista ao Parlamento Europeu foi o docente menos votado nas eleições para o Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Vital Moreira não recebeu nenhum voto no escrutínio de terça-feira"
Sol
ler
aqui

quarta-feira, 3 de junho de 2009

CDS vai questionar Sócrates...

"O deputado Nuno Melo (CDS/PP) disse hoje que vai 'questionar' o primeiro-ministro sobre a permanência do magistrado Lopes da Mota na Eurojust uma vez que o ministro da Justiça não deu 'nenhuma resposta' no Parlamento e 'tem de haver responsabilidades' neste caso ligado ao Freeport.
Falando aos jornalistas à saída da Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, onde Alberto Costa foi ouvido no âmbito de um requerimento potestativo do CDS/PP, Nuno Melo considerou que o ministro da Justiça não respondeu às questões dos deputados, 'refugiando-se em argumentos jurídicos formais para não assumir as responsabilidades políticas, de dizer aquilo que o país esperava'.
O deputado referiu que não é 'normal' que o ministro aceite que uma investigação criminal em Portugal passe a ter 'menor eficácia' porque deixou de contar com a colaboração da Eurojust, numa altura em que o presidente deste organismo de cooperação judiciária é alvo de um processo disciplinar, sem que daí sejam retiradas quaisquer 'consequências', contrariando assim aquilo que havia sido prometido por Alberto Costa em anterior audição parlamentar.
Nuno Melo criticou ainda que o ministro considere 'normal' que o presidente da Eurojust diga que a colaboração deste organismo no 'caso Freeport' terminou a 23 de Abril, contrariando um comunicado do procurador-geral da República sobre a data dessa colaboração.
'São questões relevantíssimas e de bom senso às quais o ministro da Justiça disse nada', acusou Nuno Melo, criticando o ministro por, perante 'todas as evidências"

ministro defende que não deve interferir...

"O ministro da Justiça defendeu hoje que não seria 'correcto' o Governo interferir para afastar Lopes da Mota da presidência da Eurojust a meio do procedimento disciplinar que corre no Ministério Público por causa de alegadas pressões no processo Freeport.
Alberto Costa falava na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, na sequência de um requerimento potestativo do CDS/PP para questionar o ministro, entre outros pontos, sobre as razões que o levaram a 'não retirar as devidas consequências' do facto do inquérito aberto pelo Ministério Público a Lopes da Mota ter sido convertido em processo disciplinar, o que para os centristas compromete a permanência do magistrado à frente da Eurojust (agência europeia de cooperação judiciária).
Invocando a 'decência e legalidade' do Estado de Direito democrático, o ministro frisou que 'não deve haver sanção sem processo e sem defesa' e que, sem isso, 'não deve haver condenação', referindo-se ao processo disciplinar aberto a Lopes da Mota por alegadamente ter pressionado os magistrados que investigam o 'caso Freeport'.
Alberto Costa disse identificar-se com as declarações do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que considerou ser 'ainda muito cedo' para decidir sobre a continuação ou não de José Luís Lopes da Mota como presidente da Eurojust, uma vez que está em curso o processo disciplinar no Ministério Público, com direitos de defesa do arguido.
O ministro invocou ainda a regra da "confidencialidade" dos inquéritos e processos disciplinares que não permitem a terceiros aceder ao seu conteúdo, impedindo "considerações legítimas e fundamentadas" sobre uma questão ainda pendente.
Para reforçar a sua posição sobre este assunto, indicou ainda que não houve qualquer suspensão provisória de Lopes da Mota no âmbito do processo disciplinar instaurado pelo MP, situação que ocorre quando há factos muito graves e que comprometem o exercício de uma função.
O ministro sublinhou, também, que a lógica da investigação criminal torna "impossível" a um membro do Governo suspender ou não a participação de organismos de cooperação judiciária, pois não deve haver "interferência".
O deputado José Pedro Aguiar Branco (PSD) criticou Alberto Costa por estar "a reduzir o quadro de actuação do ministro da Justiça, dando voz àqueles que dizem que o ministro da Justiça não é mais do que o ministro das Obras Públicas da Justiça".
Para o deputado social-democrata e antigo ministro da Justiça, trata-se de um papel redutor e minimalista do cargo que em nada prestigia e credibiliza a Justiça perante os cidadãos. Lembrou ainda que é através de um despacho, que é também assinado pelo ministro da Justiça, que o membro português da Eurojust é nomeado para representar Portugal num órgão internacional.
Aguiar Branco acusou ainda o ministro de, neste caso, estar "a esconder-se por baixo da beca do procurador-geral da República", o que, a seu ver, "não é prestigiante para a Justiça".
Recordou ainda que a própria Procuradoria-Geral da República em comunicado disse haver "indícios" de pressões de Lopes da Mota sobre os magistrados do "caso Freeport" e que, perante isso, existe uma "quadro objectivo diferente" que permite ao ministro da Justiça tomar uma posição, salvaguardado o princípio da não interferência do poder político nas questões judiciais.
Já Nuno Melo (CDS/PP) criticou o ministro por não ter retirado quaisquer consequências do facto de Lopes da Mota ser agora alvo de um processo disciplinar, depois de numa anterior audição ter dito aos deputados que tais consequências seriam retiradas.
Nuno Melo perguntou ainda a Alberto Costa se "não percebe o descrédito que é para a investigação criminal" que se tenha optado por afastar a Eurojust da investigação do "caso Freeport", diminuindo com isso a "eficácia" das autoridades judiciárias neste caso.
Também António Filipe (PCP) criticou o ministro por não ter retirado qualquer consequência ou ilação do facto de o inquérito a Lopes da Mota ter resultado num processo disciplinar, considerando que com isso "a posição de Portugal na Eurojust está no mínimo fragilizada".
O processo relativo ao Freeport de Alcochete envolve alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento daquele centro comercial, em 2002, quando o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Country profile: Portugal

President: Anibal Cavaco Silva
Anibal Cavaco Silva won the January 2006 presidential poll, becoming the first centre-right president since the coup of 1974. He defeated two Socialist candidates to win a first round election victory.
The president's role is mainly ceremonial, but incumbents can appoint prime ministers, dissolve parliament and call elections.


Prime minister: Jose Socrates
Victory in February 2005 elections went to the Socialist Party led by Jose Socrates. The Socialists gained their first absolute majority in parliament since democracy returned to Portugal in 1974.
On taking office, Mr Socrates said his priority would be to revive the economy - which has been near the bottom of the European league tables for years - and to stem rising unemployment.
His government has since sharply cut spending, by reducing pensions, raising the retirement age and withdrawing civil service benefits in an attempt to reduce one of Europe's biggest budget deficits.
The reforms - which some claim are destroying social rights - have prompted repeated protests mostly among public sector workers.
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http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/country_profiles/994099.stm