segunda-feira, 10 de agosto de 2009

até ao fim de Julho ardeu três vezes mais floresta


Cerca de 21 mil hectares de floresta arderam nos primeiros sete meses do ano, três vezes mais do que em igual período do ano passado, revelam dados provisórios da Autoridade Florestal Nacional.

Segundo o relatório provisório sobre os incêndios florestais, disponível na página da Internet da Autoridade Florestal Nacional (AFN), entre 01 de Janeiro e 31 de Julho arderam 21.675 hectares (ha) entre povoamentos (6324 ha) e matos (15.351 ha), um aumento de 242 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado, quando arderam 6.337 ha.

No ano passado arderam 17.244 hectares e a área ardida nos primeiros sete meses de 2009 é superior à registada, em período idêntico, nos anos de 2008, 2007 e 2006. No entanto, o relatório refere que até 31 de Julho arderam menos 29.411 hectares (42 por cento) do que a média de 1999 a 2008. O número de ocorrências também aumentou nos primeiros sete meses do ano face a igual período de 2008, tendo aumentado 61 por cento.

De acordo com os dados provisórios, entre 01 de Janeiro e 31 de Julho ocorreram 10.300 ocorrências (2654 incêndios florestais e 7646 fogachos). Por sua vez, nos primeiros sete meses de 2008 registaram-se 6381 ocorrências.

O maior número de ocorrências registou-se, até 31 de Julho, no distrito do Porto (2160), enquanto os distritos mais fustigados pela área ardida foram Vila Real (4365), Bragança (3176) e Braga (3121), adiantam os dados provisórios. O documento da Autoridade Florestal Nacional indica igualmente que o maior número de ignições ocorreu em Março e que as 3683 ocorrências foram responsáveis por 36 por cento do total. Também neste mês queimou 62 por cento do total da área ardida até 31 de Julho (cerca de 13.400 hectares). Julho foi o segundo mês com maior número de ocorrências (1902) e com maior área ardida.

Segundo os dados provisórios, até 31 de Julho registaram-se 30 grandes incêndios (com uma área afectada igual ou superior a 100 hectares), correspondendo a 35 por cento da totalidade de hectares queimados. O incêndio que deflagrou a 22 de Março em Vinhais, distrito de Bragança, que consumiu 830 hectares e teve origem negligente, foi o maior incêndio do ano registado até essa data. PUBLICO.PT