segunda-feira, 10 de agosto de 2009

"futuros pensionistas vão empobrecer"

Maria Clara Murteira, em entrevista ao Jornal de Negócios, afirma que as medidas fundamentais tomadas no âmbito da reforma do sistema levam à redução de pensões devido a vários factores, a começar pelo factor de sustentabilidade, que faz depender o valor da pensão da evolução da esperança de vida.
Outras mudanças referidas por esta docente da Faculdade de Economia, que afectam as pensões futuras, são a "tomada em consideração de toda a carreira contributiva para a base de cálculo da pensão" e o novo método de actualização dos valores, que deixa de garantir a indexação da reforma à evolução geral dos preços.
"O sucesso ou insucesso das políticas públicas tem de ser avaliado pelas suas consequências nas vidas das pessoas, não pelos seus efeitos orçamentais", defende também esta especialista, que nota que o novo esquema de reformas foi configurado "por analogia com os mecanismos seguradores privados".
Questionada sobre a introdução de taxas de formação, mecanismo que discrimina positivamente as pensões mais baixas, Maria Clara Murteira diz que isso negligencia aquela que deveria ser a preocupação central: a manutenção dos níveis de vida, incluindo das classes médias.Como alternativa mais imediata à via seguida pelo Governo, a mesma responsável defende que se deve actuar em primeiro lugar ao nível das principais causas do desequilíbrio do financiamento do sistema de Segurança Social: fraco crescimento, desemprego, reformas antecipada, maturação do sistema e envelhecimento da população.
PUBLICO.PT

não me parece que uma mudança de governo resolva o assunto.
com as situação actual das contas públicas apenas uma mudança de regime poderia alterar o "estado a que isto chegou"... dificilmente acontecerá!